segunda-feira, 4 de abril de 2011

Investir em arte - quanto, quando e como


Quanto devo investir
     Uma dúvida constante daqueles que pretendem se iniciar no mercado de arte se refere ao capital necessário para fazer o primeiro investimento.
     Na verdade, não há um valor definido. Quanto mais dinheiro você aplicar, maiores serão as suas chances de lucro e mais rápidos os resultados. Mas fique claro que não há um valor mínimo e, normalmente, este tipo de investimento é feito de forma parcelada, sem periodicidade específica – compra-se ou corrige-se o rumo, quando a ocasião se apresentar.
     No entanto, é importante ressaltar que uma coleção, quando se objetiva investimento, tem que ser acompanhada dia-a-dia, a fim de que se façam as correções de rumos, bem diferente de quando se pretende apenas decorar uma casa com obras de arte. Decoração é uma coisa, investimento é outra, embora os dois conceitos possam caminhar juntos.
Não se apaixone por
uma obra de arte

   Deixemos bem claro o seguinte: uma coisa é comprar e vender (negociar e viver disso), outra, bem diferente, é comprar, corrigir rumos e, depois, realizar lucros.
    Ambas as escolhas são válidas. Mas, quando se trata de investimento, o investidor não pode se apaixonar pela obra de arte. Gostando dela ou não deverá comprar ou se desfazer dela quando for chegado o momento de corrigir rumos ou realizar lucros.
     Conheço investidores que vão acumulando patrimônio em obras de arte por vários anos – dez, vinte, trinta anos – e, frequentemente, nem chegam a realizar os seus propósitos de lucro, pelo simples fato de julgarem que, deixando o seu dinheiro aplicado em obras de arte, estão fazendo um melhor negócio. Como resultado, muitas vezes, acabam por deixar um belíssimo acervo cultural e patrimonial aos seus herdeiros.
Curiosidade e
profissionalização

    Digo no capítulo 25 do Manual do Mercado de Arte, em síntese, que é vantajoso investir em obras de arte, desde que você tome cuidados específicos e siga algumas regras. Por exemplo, não tendo a necessária experiência no mercado de arte, há que se contratar um profissional experiente do ramo, que tomará, em seu nome, uma série de precauções. O profissional, que conhece e acompanha o mercado, torna-se um valioso apoio na aquisição e no acompanhamento da coleção, substituindo algumas peças da coleção por outras que, naquele momento, se revelem melhores opções de valorização mais segura, garantindo uma melhor rentabilidade futura.
Por que até Bancos se
interessam por arte

     Essa é a lógica em qualquer negócio. O investimento em arte, feito do modo correto, profissional, também tem tudo para continuar a ser uma boa aplicação, trazendo ainda, como resultados adicionais, a participação na vida cultural, a formação de um patrimônio, a sensação prazer e de status, que outras aplicações nem sempre podem proporcionar.
     Observe que até instituições financeiras investem em arte. Os grandes investidores do mercado de capitais, mormente os Bancos, costumam materializar parte de suas reservas em obras de arte. E não é por acaso, afinal, dinheiro é a matéria-prima deles para gerar lucros.
     Quando a Bolsa de Valores vai bem, o mercado de arte vai melhor ainda... É o que se ouve comumente.
      Analise você mesmo e tire suas conclusões.    

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