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São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011
Apesar de o lançamento oficial estar previsto somente para setembro, a vendedora de uma lojinha da região de comércio eletrônico Huaqiang Bei, em Shenzhen, anuncia sem titubear: "Temos iPhone 5".
Atenção conquistada, o visual do aparelho quase engana. O problema é a a tela, opaca e pouco sensível ao dedo -é preciso passar a unha. Mas, por R$ 115, não não dá para esperar muito mais.
Shenzhen é conhecida por ser a meca de produtos eletrônicos falsificados ou copiados.
Um rápido passeio pelas dezenas de lojas mostra uma profusão de tablets com nomes como TPad, SuperPad, iPed, WoPad e ePad. Alguns, em rápido teste, têm uma conexão rápida pela internet, mas a sensibilidade da tela deixa a desejar.
"Se você levar qualquer produto a Huaqiang Bei, eles fazem um cópia idêntica no dia seguinte. Talvez até melhor", diz Liao Xin (nome fictício), técnico de controle de qualidade da Foxconn.
Liao, que vive cercado de milhares de iPhones todos os dias, tira do bolso uma versão local, produzida por uma marca chinesa. Ele pagou R$ 480 -o iPhone 4 custa R$ 1.200 na China.
"Os chineses são muito bons em hardware, mas o software deixa a desejar", diz Liao. Conhecida como "shanzhai", a prática de copiar produtos famosos já é considerada uma cultura à parte na China. (FM)
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