domingo, 1 de novembro de 2015

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Os principais acontecimentos desta data, percorrendo o túnel do tempo Leia e Veja 


Destaques:



Nesta data, em 1923, nasce Carlos Páez Vilaró, empresário, arquiteto e artista plástico uruguaio (m. 2014).
  • Amigo de Vinícius de Moraes, ele é o construtor da "casa muito engraçada", que deu origem à música do nosso compositor. SAIBA MAIS



Nesta data, em 1968, morre Francisco Campos, jurista e político brasileiro, conhecido na intimidade como "Chico Ciência". (n. 1891) > Seu nome está inscrito, como jurista, nos principais momentos da vida  nacional.

MONTANDO O QUEBRA-CABEÇAS
  • O "ESTADO NOVO" > Em 1937, Francisco Campos foi chamado pelo presidente da República Getúlio Vargas para redigir, em segredo, a Constituição do Estado Novo (chamada de "Polaca", por se inspirar na constituição polonesa da época. 
  • Com objetivos delineados por Getúlio, "Chico Ciência" foi acompanhado de perto pelo general Góis Monteiro, para se ter a segurança de que a constituição seria a imagem e semelhança do "chefe" e, semanalmente, os três se reuniam no Palácio Guanabara, residência oficial do presidente da República, para discutir a evolução do projeto. 
  • Ato contínuo, alegando um falso plano de desestabilização intitulado "Plano Cohen", Getúlio conseguiu que o Congresso, por moto próprio, entrasse em recesso e outorgou a nova Constituição, desta vez fechando de vez o Congresso, cancelando as eleições previstas para o ano seguinte e permanecendo com poder absoluto por 8 anos até ser derrubado pelos seus próprios ministros militares, Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra. 
  • O GOLPE MILITAR DE 1964 > "Chico Ciência" voltaria ao noticiário após o golpe de estado de 1964, desta vez para redigir o Ato Institucional que instituía a ditadura militar no Brasil. O ato não tinha número, pois deveria ser primeiro e único mas, nos 21 anos de ditadura, houve 17 atos institucionais (cada um deles seguido de uma enxurrada de atos complementares) e, por essa razão, o "primeiro e único" ficou conhecido mais tarde como Ato Institucional nº 1. 
  • Os nomes dos envolvidos nesses movimentos conspiratórios se cruzam e se complementam. 
  • QUEDA DA PRIMEIRA REPÚBLICA > Na Revolução de 1930, que derrubou a Primeira República, Getúlio Vargas (governador do Rio Grande do Sul) era o chefe civil do movimento e o então tenente-coronel Góes Monteiro era o chefe militar. 
  • OS PERSONAGENS DO "ESTADO NOVO" > No golpe de 1937, Getúlio era presidente da República (Constituição promulgada em 1934), enquanto que o general Góis Monteiro era seu lugar-tenente; o general Eurico Gaspar Dutra, Ministro da Guerra, acompanhava de perto e o então capitão Mourão Filho foi o redator do suposto "Plano Cohen", ao mesmo tempo que o jurista Francisco Campos redigia secretamente a Constituição do Estado Novo, acompanhado, também de perto, pelo general Góes Monteiro. 
  • QUEDA DO "ESTADO NOVO" > Em 1945, Dutra e Góis derrubam Getúlio, acabando com o Estado Novo. Em seguida, Dutra se candidata presidente da República e se elege, com o apoio de Getúlio. 
  • GOLPE MILITAR DE 1964 > Mourão Filho, (o redator do falso "Plano Cohen" pivô do Estado Novo em 1937), é o mesmo que em 31 de março de 1964, já como general de brigada, movimenta as tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro, derrubando o governo constitucional de João Goulart e criando as condições para a implantação da ditadura militar, cujo ato institucional (já o dissemos) foi redigido por Francisco Campos, o mesmo autor da Constituição do Estado Novo. Mourão ganhou, mas não levou, ficando fora do governo montado pelos generais Castelo Branco e Costa e Silva. 
  • GOVERNOS MILITARES > Uma nova safra de generais passou a dominar cenário político: Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo. Num segundo plano, como hábil articulador político, o general Golbery de Couto e Silva. 
  • Surgiu também uma enxurrada de coronéis, ocupando ministérios e cargos diretivos das estatais, postos de saúde e hospitais públicos, num processo sem precedentes de militarização da administração pública. Destaque especial para o coronel Jarbas Passarinho, na linha de frente de todos os governos militares, atuante como deputado, senador, ministro ou qualquer outra posição em que pudesse ser útil ao Sistema.
  • Como se diz nos Provérbios do rei Salomão, "nada há de novo debaixo do céu". (Paulo Victorino)























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