segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rio de Janeiro > MAM-Rio inaugura exposição "Ione Saldanha - O tempo e a cor", com retrospectiva de 100 obras da artista

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O MAM Rio inaugurou neste domingo a exposição “Ione Saldanha – O tempo e a cor”, uma grande retrospectiva, com cerca de 100 obras da artista Ione Saldanha (1919 – 2001). 

Há mais de dez anos não havia sido feita uma grande exposição sobre Ione Saldanha, uma das mais importantes e inventivas artistas brasileiras. A mostra chega ampliada ao MAM Rio depois de passar pelo Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e pela Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. 

A última retrospectiva sobre a artista foi feita logo após a sua morte, em 2001, no MAC de Niterói. A mostra, que agora chega ao MAM Rio, no entanto, é a primeira retrospectiva de caráter nacional feita até hoje sobre a artista. 

Na exposição, será apresentado um panorama da obra da artista, mostrando desde seus primeiros trabalhos, até os últimos, destacando a passagem de sua obra do plano bidimensional para o tridimensional, quando surgem os emblemáticos trabalhos: “Bambus”, “Bobinas” e “Empilhados”.

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Ione Saldanha – O tempo e a cor


Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [MAM Rio]
Abertura: 8 de setembro de 2013, às 11h
Exposição: até 10 de novembro de 2013
Curadoria: Luiz Camillo Osorio
Realização: MAM Rio
Patrocínio: Bradesco Seguros
Mantenedores do MAM: Petrobras, Light e Organização Techint


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Bradesco Seguros, a Petrobras, a Light e a Organização Techint, apresentam, de 8 de setembro a 10 de novembro de 2013, a exposição “Ione Saldanha – O tempo e a cor”, uma grande retrospectiva, com cerca de 100 obras da artista Ione Saldanha, que nasceu em 1919, em Alegrete, no Rio Grande do Sul, e viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde faleceu em 2001. A mostra chega ampliada ao MAM Rio depois de passar pelo Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, de 21 de março a 14 de julho de 2013, e pela Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, de 15 de junho a 12 de agosto de 2013.

Há mais de dez anos não havia sido feita uma grande exposição sobre Ione Saldanha, uma das mais importantes e inventivas artistas brasileiras. A última retrospectiva sobre a artista foi feita logo após a sua morte, em 2001, no MAC de Niterói. A mostra, que agora chega ao MAM Rio, no entanto, é a primeira retrospectiva de caráter nacional feita até hoje sobre a artista.

Nesta exposição será apresentado um panorama da obra da artista, mostrando desde seus primeiros trabalhos, até os últimos, destacando a passagem de sua obra do plano bidimensional para o tridimensional, quando surgem os emblemáticos trabalhos: “Bambus”, “Bobinas” e “Empilhados”. “Sua obra talvez seja uma síntese da passagem do moderno para o contemporâneo - da busca de uma cor local para a experimentação radical com a cor e com os materiais do mundo cotidiano - bambus, ripas, bobinas, etc”, afirma o curador Luiz Camillo Osorio. Na exposição haverá, ainda, uma parte de documentação, destacando as várias exposições realizadas pela artista no MAM Rio. Também será apresentado um vídeo sobre a obra de Ione Saldanha.

“A exposição, tendo caráter retrospectivo, procurará realizar um recorte panorâmico em sua trajetória, desde suas figuras e fachadas das décadas de 1940 e 1950, desdobrando-se pelo flerte construtivo no começo da década seguinte, até sua grande aventura de liberação da cor do final dos anos 1960 até a década de 1990”, explica Luiz Camillo Osorio.

Desde criança, Ione Saldanha demonstrava interesse pelo desenho, ilustração e literatura, tendo escrito um romance aos 11 anos de idade. Realizou os primeiros estudos artísticos com Pedro Corrêa de Araújo, e no inicio dos anos 1950 fez cursos de afresco em Paris e em Florença. Em 1943, realizou uma pintura em óleo sobre papel de inspiração impressionista, que assinala o início da sua produção. A partir de 1969 sua produção muda e a artista refere-se a este ano como “a fase em que pintou os últimos quadros”, já que passa a dedicar-se à pintura em superfícies tridimensionais.

“Apesar da concentração nas décadas de 1960 e 1980, quando sua obra atinge maturidade poética, procuraremos nesta exposição traçar o seu desenvolvimento desde a década de 1940, mostrando seu período formativo e a longa maturação de sua sensibilidade para a cor. Combinando desenhos, estudos, pinturas e a experimentação com os mais variados suportes – ripas, bambus, bobinas e empilhados”, afirma o curador.

BAMBUS, BOBINAS E EMPILHADOS

Os “Bambus”, uma das séries mais conhecidas da artista, estarão na exposição no MAM Rio. Eles foram apresentados pela primeira vez em 1969, na 10a Bienal de São Paulo, quando a artista recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo e o Prêmio Aquisição, do Itamaraty. Neste mesmo ano, venceu o “7º Resumo de Arte do Jornal do Brasil” pela melhor exposição realizada em 1968, no MAM Rio, e recebeu o “Prêmio de viagem Sul América”.

Também fará parte da exposição uma série de trabalhos emblemáticos da artista: as “Bobinas”, pinturas sobre bobinas de madeira para cabos elétricos, apresentadas pela primeira vez em 1973, nos pilotis do MAM Rio e no 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM de São Paulo. “A bobina é limitada, um material nítido, um material de indústria. Talvez minha intenção, ao pintar uma bobina, tenha sido exatamente a de destruir a ideia industrial, e de brincar de modo diferente, tirar a bobina de sua condição material (...) e transformá-lo num brinquedo”, afirmou a artista na época.

Na exposição no MAM Rio também estarão os “Empilhados”, outra série de grande destaque criada pela artista no final dos anos 1980. Eles são construídos com pequenos paralelepípedos de cedro, colados uns sobre os outros e com cerca de 50 cm cada, e guardam uma relação estreita com os bambus.

“Sua obra consegue combinar o rigor formal da tradição concreta com a experimentação constante de novos materiais e suportes, sem abrir mão, entretanto, da dimensão lírica da cor. Trata-se, portanto, de uma artista que viveu de dentro a passagem do período moderno para o contemporâneo”, ressalta o curador.

SOBRE A ARTISTA
Ione Saldanha (Alegrete, RS, 1919 - Rio de Janeiro, RJ, 2001). Pintora, escultora e desenhista. Realiza seus primeiros estudos no Rio de Janeiro, no ateliê do pintor Pedro Luiz Correia de Araújo (1874 - 1955), em 1948. Entra em contato com os artistas Arpad Szenes (1897 - 1985) e Vieira da Silva (1908 - 1992). Viaja para a Europa em 1951 e estuda a técnica de afresco em Paris, na Académie Julian, e em Florença, Itália. Inicialmente produz obras figurativas, como cenas cotidianas e retratos, e pintura de casarios, em que enfatiza a geometria. Posteriormente, sua produção adquire um caráter abstrato. No fim da década de 1960, passa a utilizar novos suportes, abandonando a superfície bidimensional, e pinta sobre ripas, carretéis (bobinas de madeira para cabos elétricos) e bambus. Em 1969, recebe o prêmio de viagem ao exterior no 7º Resumo de Arte do Jornal do Brasil, e vai para os Estados Unidos e Europa. Participa de várias edições da Bienal Internacional de São Paulo, com prêmio aquisição em 1967, e sala especial em 1975 e 1979. Em 2001, é realizada a retrospectiva Ione Saldanha e a Simplicidade da Cor, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC/Niterói.


Serviço: Ione Saldanha – O tempo e a cor
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 8 de setembro de 2013, às 11h
Exposição: até 10 de novembro de 2013
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das 12h às 18h.
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h (até setembro, devido ao horário especial de inverno). Depois disso, das 12h às 19h.
A bilheteria fecha 30 minutos antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de 12 anos: R$6,00
Maiores de 60 anos: R$6,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h: entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600

Mais informações: CW&A Comunicação
                               Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
                               21 2286.7926 e 3285.8687

                               claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br







No mesmo dia, dialogando com a exposição da Ione Saldanha, será apresentada a mostra “Mundos Cruzados”, com cerca de 50 obras pertencentes ao acervo do MAM Rio e às coleções em consignação com o Museu, Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva. O objetivo da exposição é tentar observar como é possível enaltecer o imaginário popular nas coleções do MAM e na arte brasileira. 




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