sexta-feira, 4 de abril de 2014

Rio de Janeiro > Exposição na EAV Parque Lage, a partir da questão do espaço na arte


Resultado do curso Projeto de Pesquisa

A Escola de Artes Visuais do Parque Lage – espaço da Secretaria de Estado de Cultura – abre, no dia 4 de abril (sexta), às 19h, a exposição “A questão do espaço na arte”, com obras recentes dos artistas integrantes do curso Projeto de Pesquisa, programa avançado da EAV Parque Lage, iniciado em 2012, coordenado por Glória Ferreira e por Luiz Ernesto Moraes.
A mostra apresenta o resultado da segunda edição do programa e tem como temática a utilização do espaço na arte. Projeto de Pesquisa objetiva fomentar trocas e interfaces com convidados de diferentes campos de estudo e pesquisa, bem como com outros professores da EAV. O curso é destinado a artistas e pesquisadores de várias áreas e promove a reflexão teórica e prática sobre questões que permeiam o meio da arte em sua relação com o mundo.

A exposição – que ocupa diversos espaços da EAV Parque Lage, como a área verde,
o casarão, o platô e as galerias – mostra trabalhos dos artistas AoLeo, Carolina Martinez, Eduardo Masini, Evandro Machado, Fernanda Terra, Marcelo Jácome, Nana Pôssa, Solange Venturi e Úrula Tautz.

As técnicas utilizadas são variadas (pinturas, esculturas, instalações, objetos e luzes, como a intervenção ‘plano vazado’, de AoLeo. Carolina Martinez usa a imaginação e a proposta da mostra no trabalho sem título em tinta acrílica sobre madeira, bem como na instalação ‘Rotação’, imitando o desenho do chão da sala onde fica a obra, nas paredes. A sensação é de que este elemento arquitetônico está em rotação gerando uma ideia de movimento no espaço construído.  

Evandro Machado propõe utilizar luzes, demonstrando a presença da iluminação no espaço. A obra (“O registro do desenvolvimento do meu esquecimento”) de Eduardo Masini só pode ser vista no escuro. É porque envolve uma projeção de slides com intervenções variadas e intencionais, onde o som também se faz presente, se unindo às fotografias transmitidas. Já Fernanda Terra utiliza uma vitrine de 1,50m com um conjunto de trabalhos (objetos como máquina fotográfica, pedras, terras, dois livros, montagem fotográfica – escuta o que o tempo tem a dizer -, entre outras coisas) intitulado “Não é casa e também não habita”, que investiga a articulação entre o corpo e o espaço/tempo e a dinâmica inventiva que esta relação pode proporcionar a todos, construindo, desconstruindo e propondo novas articulações corpóreo/espaço-temporal. Trata-se de camadas geológicas de tempo/ espaço acumuladas. São bilhões de anos da história da terra condensados em centímetros. É possível observar e escutar o que estas camadas têm a dizer e se relacionar diretamente com o tempo e espaço presentes.  Marcelo Jácome vai construir uma teia de fitas tafetá, linhas de algodão, poliamidas e lã, com diferentes larguras e cores, na instalação ‘Seções espaço-temporais’. Nana Pôssa utiliza a Galeria EAV (fundo da parede) para demonstrar sua maneira de utilizar o espaço na arte. “Saturno devorando um lho II” é uma grande foto-instalação que consiste na produção de uma imagem com a fonte do Parque Lage jorrando água vermelha. Uma imagem escura remetendo a imagem de Goya.

Solange Venturi, outra aluna/ artista do Projeto de Pesquisa, pretende cobrir toda a parede frontal da Galeria 2 (na entrada do Casarão) com cabelo humano. Esse cabelo é colado diretamente na parede de forma a preenchê-la completamente. Ursula Tautz utiliza o hall da entrada principal (em frente à escadaria) para apresentar uma montagem fotográfica a partir de 7 imagens individuais-impressões fine art sobre papel algodão em caixa de acrílico (2009/2010), da série “Mesmo depois de agora, nada será como nunca foi”. A partir de montagens fotográficas abstratas de lugares em transformação, Úrsula cria o vazio. Tridimensionalizando-o, transforma em objeto penetrável, construído em alumínio (frio e reflexivo). Assim, ela obstrui a passagem, obrigando o espectador a conviver com o vazio e convidando-o à experiência de nele penetrar. A artista apresenta também um outro trabalho intitulado “Primeiros Atravessamentos”, da série Atopos, a utopia do topos, no Cofre da EAV. Trata-se de projeção de registro in loco, terra e folhas da Alemanha e do Brasil (2013/2014).
A exposição tem como centro o espaço, e convida o público a participar desta questão.

Serviço:

Exposição coletiva “A questão do espaço na arte”
Participam: AoLeo, Carolina Martinez, Eduardo Masini, Evandro Machado, Fernanda Terra, Marcelo Jácome, Nana Pôssa, Rodrigo Krul, Solange Venturi e Úrula Tautz.
Abertura: 4 de abril (sexta), às 19h
Em cartaz até 4 de maio
Visitação: diariamente das 9h às 17h
EAV Parque Lage
Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico
Informações: (21) 3257-1800/ www.eavparquelage.rj.gov.br

Assessora de Imprensa: Bárbara Chataignier (bchataignier@gmail.com)/ (21) 9 9738-1243

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