domingo, 1 de maio de 2011

Consolidando o Mercado de Arte

     A minha preocupação sempre foi com as pessoas que chegam ao mercado de arte, venham de onde vierem e sejam quais forem os seus objetivos. Alguém tem que cuidar dos não iniciados. O mercado tem um futuro a perseguir...
     Escrevi no Manual do Mercado de Arte: "E os compradores? Eles estão por aí construindo ou decorando uma profusão de casas, apartamentos e empresas, e irão necessitar de quadros e esculturas em seus ambientes. Torna-se imprescindível, portanto, um trabalho planejado, sério e bem executado. Uma das funções do profissional do mercado de arte é estar ao lado do cliente, envolvendo-se e solucionando seus problemas, nos mínimos detalhes, até muito tempo depois da venda realizada. São os detalhes que fazem a diferença. Adjetiva-se de profissional aquele que se constitui em um verdadeiro provedor de soluções para seus clientes, aquele que se compromete acompanhá-lo para sempre. Uma vez cliente - mesmo que jamais procure de novo o profissional - será sempre tratado e acompanhado como cliente".

Divisão de trabalho
traz eficiência
     Já os artistas se ressentem muito da falta de marchands. Quantos artistas plásticos há em atividade no país? E quantos marchands?

     Os marchands se ressentem da falta de uma formação específica e mais profunda, quando não se dispõe, sequer, da fundamental.

     Cada qual com a sua missão. Todos têm que fazer a sua parte. Todos devem procurar o melhor para o mercado, que é comum a todos. De minha parte, procuro sempre incentivar a publicação de literatura fundamental para a criação e o fortalecimento do mercado de arte nacional.

     O objetivo final são os artistas plásticos – a base da pirâmide do mercado e onde processo se inicia. Contudo, os outros segmentos, os demais profissionais que gravitam na área cultural, necessitam de um mercado sólido.

O calcanhar de Aquiles

     Como se chegar a um mercado sólido, se há um número incalculável de artistas plásticos em atividade, para um número tão pequeno de marchands?


     Como suprir o mercado de bons marchands se não temos, sequer, curso técnico de formação de profissionais de mercado?

     E quanto aos cursos, que já existem, de formação de produtores culturais? São ótimos, mas não formam marchands, não preparam profissionais para o mercado de arte. Para o mercado de arte é imperativo que a formação seja específica

A  importância dos
mercados regionais

     Como chegarmos a um curso para a formação de profissionais do mercado de arte, sem uma literatura fundamental de mercado?

     Você já imaginou o dia que, em todos estados do país, tivermos um dicionário de artistas plásticos da região? Você já imaginou o dia em que tivermos um anuário bem abrangente sobre cada mercado de arte regional?
     Creio que seja por aí...

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