Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro [MAM Rio]
Abertura: 20 de
junho de 2013, às 19h
Exposição: 14 de
junho a 14 de agosto de 2013
Curadoria: Paulo Herkenhoff e Rodrigo
Alonso
Produção: Luli
Hunt em parceria com o MAM Rio
Patrocínio: Tenaris, Organização Techint
21e MinC [a partir da Lei de Incentivo
à Cultura]
Realização Luili Hunt e MAM Rio
Mantenedores
do MAM: Petrobras, Light e Organização Techint
Rubens Gerchman
O
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, a partir do dia 20 de junho de 2013, para
convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição “América do Sul – A
Pop Arte das contradições”, com cerca de 100 obras de importantes artistas plásticos brasileiros e argentinos, que ocuparão um espaço de mais de 1.800
metros quadrados no segundo andar do Museu. Com
curadoria do brasileiro Paulo Herkenhoff e
do argentino Rodrigo Alonso, a exposição
apresenta e analisa a produção artística do Brasil e
da Argentina durante a década de 1960, destacando a criatividade e a originalidade
dos artistas, assim como os desafios que eles enfrentaram em uma década de
profundas mudanças sociais.
A
exposição apresenta obras produzidas em diferentes técnicas e suportes, como
pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, xilogravuras, fotografias, objetos,
instalações, filmes, além de registros de performances e documentos históricos.
Dentre os artistas brasileiros que fazem parte da mostra estão: Antonio Dias, Antonio
Manuel, Artur Barrio, Carlos Vergara, Carlos Zílio, Cildo Meireles, Grupo REX,
Helio Oiticica, Lygia Pape, Raymundo Colares,
Rubens Gerchman, Nelson Leirner, Wesley Duke Lee,
entre outros. Dentre os
artistas argentinos destacam-se: Leon Ferrari, Eduardo Costa, Roberto Jacoby,
Antonio Berni, Marta Minujín, Oscar Masotta
e Sameer Makarius.
Wanda Pimentel
Os trabalhos pertencem a importantes coleções particulares e
públicas brasileiras e argentinas, como MAM Rio, MAM São Paulo, Pinacoteca do
Estado de São Paulo, MAC de Niterói, Museu de Arte do Rio, Museo de Arte
Moderno de Buenos Aires, Museo de Bellas Artes Evita – Palacio Ferreyra, Museo
Nacional de Bellas Artes, entre outras.
Anna Bella Geiger
GUERRA FRIA
“A década de 1960 na
América do Sul foi atravessada por contornos específicos da Guerra Fria, com
enfrentamentos ideológicos, utopia socialista, movimentos sociais, luta armada
e resistência aos regimes militares, terrorismo de Estado, politização da arte,
dependência do capital externo e as trocas artísticas entre a Argentina e o
Brasil. A necessidade de fechar o foco conduz ao viés curatorial da resistência
política. Não se trata de arte engajada no modelo zhdanoviano dos Partidos
Comunistas, mas de arte como exercício experimental da liberdade, no aforismo
de Mário Pedrosa”, explica o curador Paulo Herkenhoff.
A mostra é itinerante
e foi apresentada de julho a setembro de 2012 na
Fundación PROA, em Buenos Aires ; em
outubro do mesmo ano até janeiro de 2013 no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e
na Galleria D’Arte Moderna e Contemporânea (GAMeC), em Bergamo, na Itália,
de março a 26 de maio deste ano. A itinerância será encerrada no MAM Rio.
Os
curadores selecionaram um rico e importante conjunto de trabalhos de artistas brasileiros
e argentinos que representam deste único e importante período da história. “A mostra explorou a
produção artística desses anos desde a perspectiva específica destes dois
países. Ao longo de suas salas, são evidentes as tensões entre a necessidade
dos artistas de renovarem os universos estéticos, sensoriais, simbólicos e o
desafio ético e político em que empurram a gravidade dos conflitos da época”,
afirma o curador Rodrigo Alonso.
Ana Maria Maiolino
POP ARTE
A década de 1960 foi um período de efervescência e
desafio para os artistas, que tinham dentro de si o desejo modernizador e a
urgência das lutas revolucionárias. Foi uma década de
profundas mudanças na qual o Brasil e a Argentina ofereceram um olhar próprio sobre
a arte Pop e seus ícones, como Che Guevara, Coca-Cola e o dólar, que se
tornaram símbolos de resistência e de luta.
Ao contrário da Pop Arte
americana, na América Latina, esse movimento representou um período de mudança
nas artes plásticas. “A Pop Arte representa um período de transformação na
arte, principalmente na arte brasileira, visto que o país enfrentava o período
da ditadura militar, quando vários artistas, intelectuais, jornalistas, músicos
e formadores de opinião eram perseguidos e presos. Por isso, a interpretação do
conceito de Pop Arte não foi a mesma nos Estados Unidos e no Brasil. Durante a
década de 1960, os artistas brasileiros aderiram apenas à forma e à técnica
utilizadas nesse movimento. Imprimiram sua personalidade e opinião crítica às
obras, registrando sua insatisfação com a censura proporcionada pelo regime
militar”, ressalta Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, presidente do MAM Rio.
“A Pop Arte e os novos
realismos propuseram voltar com o olhar para o contexto social depois de longos
anos de abstração. Mas essa visão não pode ser a mesma entre os centros onde se
concentram o bem-estar econômco e as regiões que buscam acessá-lo com dificuldade”,
afirma Rodrigo Alonso.
Antonio Dias
TROCAS ENTRE OS DOIS PAÍSES
Na década de 1960,
algumas instituições, como o MAM Rio e a Bienal de São Paulo, foram importantes
para dar visibilidade aos trabalhos que estavam sendo feitos na época, e assim propiciar
uma troca entre os artistas brasileiros e argentinos.
“A Bienal de São Paulo foi a instituição
que propiciou um olhar amplo do Brasil sobre a arte argentina, cujos grandes
movimentos dos últimos sessenta anos foram apresentados no evento. A arte
abstrato-geométrica de Buenos Aires estimulou a consolidação do concretismo
brasileiro. O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro foi a instituição a
manter laços mais densos com a Argentina. Em 1965, o MAM carioca abrigou
mostras como ‘Otra figuración,
um panorama da arte argentina’ e a retrospectiva de Antonio Berni”, diz Paulo Herkenhoff.
Uma das exposições
mais importantes desse período foi a Opinião 65, realizada no MAM Rio. “Composta
por 17 artistas brasileiros e 13 estrangeiros, essa mostra representou o
momento privilegiado no qual as discussões sobre a volta da figuração tomaram
corpo pela primeira vez e de forma variada. Além disso, a exposição abordava a
manifestação dos artistas em relação ao golpe militar de 1964. Mas esse
movimento aconteceu também em outros países: na Argentina intitulava-se Nueva
Figuración e foi influenciado por Francis Bacon, apresentando cores brilhantes
e uma impressionante habilidade linear; na França, chamou-se Figuration
Narrative”, ressalta Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand.
Antonio Manuel
Serviço: América do Sul – A Pop Arte das contradições
Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro
Abertura: 20 de junho de 2013, às 19h
Exposição: 14 de junho a 14 de agosto de 2013
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das
12h às 18h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h. A bilheteria fecha 30
minutos antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de
12 anos: R$6,00
Maiores de 60 anos:
R$6,00
Amigos do MAM e
crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a
partir das 15h: entrada gratuita
Domingos ingresso família,
para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante
Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo –
Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600
Carlos Zilio
Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos
Noronha
21
2286.7926 e 3285.8687
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