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Assis Horta – A Democratização do
Retrato
Fotográfico através da CLT
Palácio
do Planalto, Brasília
[Foyer]
Exposição:
3 de dezembro de 2013 a
8 de janeiro de 2014
Pesquisa e curadoria: Guilherme Horta
Fotografias: Assis Horta
Expografia:
Flávio Vignolli
Coordenação
executiva: Sérgio Rodrigo Reis
Produção: Studio Anta Impressão e Comércio de Arte Ltda
Projeto contemplado pelo XII
Prêmio Marc Ferrez
de Fotografia da FUNARTE 2012
Realização:
IBRAM e Governo Federal
Patrocínio:
SESI/FIEMG
Entrada
franca
No
dia 2 de dezembro de 2013, data do aniversário de D.Pedro II, primeiro
brasileiro fotografado no país, será inaugurada, para convidados, e no dia
seguinte para o público, a exposição “Assis
Horta – A Democratização do Retrato Fotográfico através da CLT”, no Palácio do
Planalto, em Brasília.
Com curadoria do fotógrafo e designer Guilherme Horta, a
mostra reúne cerca de 200 retratos de trabalhadores feitos pelo fotógrafo Assis
Horta, entre as décadas de 1940 e 1970, para atender à exigência da
recém-criada carteira de trabalho. As fotos foram feitas no estúdio que Assis
Horta, hoje com 95 anos, mantinha em Diamantina, Minas Gerais. A exposição, contemplada pelo XII Prêmio Marc
Ferrez de Fotografia da Funarte/2012, na categoria de Reflexão Crítica sobre
Fotografia, foi apresentada de maio a junho deste ano no Centro Cultural e
Turístico do Sistema FIEMG, em
Ouro Preto , Minas.
A exposição resgata a história do país e marca os 70
anos da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), instituída pelo presidente Getúlio Vargas em 1° de
maio de 1943, que gerou o novo documento, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, que
exigia fotografia em formato 3x4 de seu usuário. Por conta
disso, milhares de pessoas que nunca haviam sido fotografadas tiveram pela
primeira vez o seu próprio retrato.
A fotografia,
até então, era um luxo disponível apenas para a burguesia. As fotos para a
carteira de trabalho possuíam uma placa indicando a data em que foi feita, uma
obrigatoriedade. Os trabalhadores fotografados por Assis Horta são
representantes do momento que era vivido em todo o país. Após a fotografia
obrigatória, muitos cidadãos de Diamantina voltaram ao estúdio de Assis Horta com
o intuito de possuir outros retratos. Assim, na exposição, há fotos não só dos
trabalhadores, mas também de suas famílias. Neste período, o retrato
fotográfico começou a ser democratizado, e todos começam a entender o seu
verdadeiro valor. “O retrato entra na vida do trabalhador, realiza sonhos,
dignifica, atenua a saudade, eterniza esse ser humano, mostra a sua face”,
ressalta o curador. “Fascinante reconhecer o gene do nosso povo através de um
fotógrafo com rara sensibilidade para a execução do retrato. A coleção Assis
Horta com os portraits desses primeiros operários legalmente registrados
é uma pérola na história brasileira”, afirma o curador Guilherme Horta.
A exposição
promove uma democracia através da fotografia, fazendo com que esses
trabalhadores da década de 1940 “entrem” no Palácio do Planalto através de seus
retratos. O convite para a exposição em Brasília veio da Presidenta da
República, Dilma Rousseff, e enfatiza o momento democrático vivido no país. O
curador ressalta a importância de a exposição ser apresentada neste local: “O
convite para expor no Palácio do Planalto em Brasília é um fato marcante na
história do país. É uma legítima demonstração da democracia brasileira através
da fotografia”, diz Guilherme Horta.
ESTÚDIO
FOTOGRÁFICO
Na mostra, além das fotografias, será apresentada uma instalação onde
será reproduzido um estúdio fotográfico de época. Haverá uma cadeira de
palhinha, um tapete arraiolo e ao fundo uma grande foto de Assis Horta, medindo
230cm x 320cm. A exposição terá, ainda, uma vitrine onde estarão caixas de
filmes antigos, envelopes de pedido de fotos de Assis Horta, retratos 3x4,
carteiras de trabalho, entre outras relíquias.
A
proposta do projeto expográfico é interagir com a arquitetura do Palácio do
Planalto. Para isso, a exposição convida o visitante a passear pelo ambiente
descobrindo os detalhes da exposição.
O encerramento da exposição será no dia 08 de
janeiro de 2014, quando se comemora o dia nacional do fotógrafo, por ser a data
em que chegou o primeiro daguerreótipo ao Brasil, em 1840, quatro meses após o
registro do invento da fotografia.
Serviço:
Assis Horta: A Democratização do Retrato Fotográfico através da CLT
Abertura: 02 de dezembro
de 2013, às 18h
Exposição: 03 de
dezembro de 2013 a
8 de janeiro de 2014
Palácio do Planalto,
Brasília
Foyer
Praça dos Três Poderes,
Brasília - DF
Telefone: (61)
3411.1221
De
segunda a sexta, das 9h às 18h. Domingos, das 9h30 às 14h.
Não
funciona nos feriados.
Entrada franca
Mais informações:
CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos
Noronha
21
2286.7926 e 3285.8687
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O operário conhece a câmera nas fotografias 3x4.
Após a Consolidação das Leis do
Trabalho (C.L.T.) em 1° de maio de 1943, milhares de trabalhadores sentaram
diante de uma câmera fotográfica, provavelmente pela primeira vez, para
regularizar o seu registro profissional (art 13.) e aplicar o seu retrato 3x4
na C.T.P.S.- Carteira de Trabalho e Previdência Social (art. 16).
A fotografia, que até então se
destinava a retratar a sociedade burguesa, começa a ser descoberta pela classe
operária.
O Retrato entra na vida do trabalhador:
realiza sonhos, dignifica, atenua a saudade, eterniza esse ser humano, mostra a
sua face.
Assis Horta, fotógrafo, hoje com 95
anos, manteve estúdio fotográfico em Diamantina, Minas Gerais, entre as décadas
de 40 e 70 registrando, em chapas de vidro, praticamente toda a sociedade
diamantinense da época. Seu acervo fotográfico da classe operária brasileira, representa
um CORTE nessa nova possibilidade da fotografia no Brasil e é o objeto da pesquisa
vencedora do XII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte.
Fascinante reconhecer o gene do nosso
povo através de um fotógrafo com rara sensibilidade para a execução do Retrato.
A Coleção Assis Horta com os “portraits” desses primeiros operários legalmente
registrados, é uma pérola na história brasileira.
O convite para expor no Palácio do
Planalto em Brasília-DF é um fato marcante na história do país. É uma legítima
demonstração da democracia brasileira através da fotografia. Meus sinceros
agradecimentos ao Presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Angelo Oswaldo de
Araújo Santos, que teve a sensibilidade de reconhecer a importância da obra e
projetá-la para o centro do poder nacional.
Guilherme Horta
curador
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