terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Rio de Janeiro > No Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), a partir do dia 13, a exposição individual de Antonio Manuel, um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira.

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Antonio Manuel

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
 [Espaço 2.4]
Abertura: 12 de dezembro de 2013, às 19h
Exposição: 13 de dezembro de 2013 a 16 de fevereiro de 2014
Curadoria: Luiz Camillo Osorio

Patrocínio: Bradesco Seguros
Produção: Automatica
Realização: MAM Rio

Mantenedores do MAM: Petrobras, Bradesco Seguros,
Light e Organização Techint


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Bradesco Seguros, a Petrobras, a Light e a Organização Techint apresentam a partir do dia 12 de dezembro, para convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição individual de Antonio Manuel, um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira. A exposição vai abranger sua recente e inédita produção, com duas instalações feitas especialmente para o local, e ainda obras emblemáticas de sua trajetória, configurando um conjunto inédito de trabalhos, nunca reunidos antes.

Com obras históricas na produção brasileira dos últimos 50 anos, que sempre integram importantes exposições, no país e no exterior, Antonio Manuel tem apresentado seu trabalho mais recente na cidade de maneira pontual. Sua última exposição no Rio com um conjunto mais representativo de obras foi em 1997, no Centro de Arte Hélio Oiticica. Portanto, com esta exposição o MAM busca mostrar ao público um recorte expressivo da produção do artista, da década de 1980 até os dias de hoje.

Nascido em 1947, em Avelãs de Caminha, Portugal, Antonio Manuel veio com cinco anos para o Rio, onde nos anos 1960 ficou conhecido por sua produção de forte tom político, e de um experimentalismo que marca sua obra até hoje. O MAM foi sempre um espaço importante para o artista, que ali participou de diversas coletivas e onde protagonizou a célebre performance “O corpo é a obra”, na qual apareceu completamente nu na abertura do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1970, como protesto contra os critérios de seleção. Mário Pedrosa definiu o ato como um “exercício experimental da liberdade”.

Seu trabalho integra as coleções da Tate Modern, em Londres, do MoMA, de Nova York, da Fundação Serralves, no Porto, e do próprio Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além de outras importantes coleções no Brasil e no exterior.

INSTALAÇÕES PARTICIPATIVAS E PINTURAS
Para a exposição no MAM Rio, que ocupará um espaço de cerca de 1.800 metros quadrados no segundo andar do Museu, o artista recriará as instalações “Fantasma” (1994/2013), da Coleção do Museu – adquirida por meio do Edital de Artes Visuais da Petrobras, em 2001 – “Frutos do Espaço” (1980/2013), “Ocupações/ Descobrimentos” (1998/ 2013), “Sucessão de Fatos” (2003/ 2013). Antonio Manuel está desenvolvendo, especialmente para esta mostra, duas instalações que chama de “Até que a imagem desapareça”, que utilizarão água. Cerca de dez pinturas, de coleções privadas e do acervo do artista, produzidas entre 1985 e 2013, completam a mostra.

O artista destaca que “é um conjunto que nunca foi apresentado e que se comunica, uma instalação dialoga com a outra. Uma característica em comum é que todas as instalações são participativas”.

Logo na entrada da exposição estará “Ocupações/ Descobrimentos”, desenvolvida especialmente para o espaço da exposição, constituída por três grandes muros de tijolos, com tamanhos que chegam a 15 metros de comprimento por dois metros de altura, cada um de uma cor, construídos no próprio local. Uma abertura permitirá que o público veja ângulos diversos da exposição, e ainda que atravesse os muros, que terão formas variadas, sendo um deles mais ondulado e os outros dois mais retos. Esta instalação foi criada inicialmente em 1998, para sua exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, com outras formas e tamanhos. “É um trabalho que dialoga com a arquitetura e discute a ideia de limite, paisagem e poética”, explica o artista.
A instalação “Fantasma”, uma das mais destacadas de sua trajetória, será remontada para esta exposição. A obra é composta por dezenas de pedaços de carvão, suspensos por fios de nylon, que parecem flutuar no espaço. O público é convidado a percorrer a instalação, podendo ser tocado ou marcado pelas peças de carvão. No meio da instalação, há a fotografia de uma testemunha da chacina, encapuzada e cercada por microfones. Lanternas iluminam a imagem. Apresentada inicialmente em 1994, na Galeria de Arte IBEU, no Rio de Janeiro, e depois mostrada na 24ª Bienal de São Paulo, no museu Jeu de Paume, em Paris, no Museu Serralves, em Portugal, e no museu Guggenheim, em Nova York, a obra foi adquirida pela MAM Rio em 2001, a partir do Programa Petrobras Artes Visuais.
Também fará parte da exposição a instalação “Frutos do Espaço”, composta por grandes estruturas de ferro, cada uma de uma cor diferente – amarelo, vermelho, cinza e preto –, cujas formas são baseadas em padrões de diagramação do jornal. A estrutura de ferro vazada mostra o desenho da página de jornal, com o contorno que delimita notícias e anúncios, ocupado aqui pelo espaço vazio. A instalação, que foi criada em 1980 e apresentada no Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro, será refeita para esta exposição. Ela será apresentada em um espaço cheio de pequenas pedras brancas no chão, onde as pessoas poderão circular entre as esculturas, que “dialogam umas com as outras”.
A instalação “Sucessão de Fatos”, de 2002, foi exibida, entre outros lugares, na Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, em 2003, mas nunca foi mostrada no Rio de Janeiro. A instalação é composta por dezenas de telhas francesas, colocadas no chão, por onde o público deve caminhar, eventualmente quebrando algumas. No meio dessas telhas, há fôrmas arredondadas de fibra de vidro, com conteúdos diversos, como azeite extra-virgem, pigmentos coloridos, entre outros. Na parte central da instalação há, ainda, um balde com um orifício por onde caem gotas de água. A obra será construída no MAM, com uma nova escala.



PINTURAS DE 1985 A 2013
Além das instalações, também serão apresentadas cerca de dez pinturas, produzidas entre 1985 e 2013. Elas estarão dispostas em três grandes painéis, dialogando entre si e com as esculturas ao seu redor. Antonio Manuel cria suas instalações e performances sem nunca abandonar seu trabalho de pintura. Em alguns casos, transporta a ideia das instalações para a tela, como é o caso de algumas pinturas recentes, que possuem buracos arredondados, seguindo o pensamento dos muros da obra “Ocupações/ Descobrimentos”.

O filme “Semi-Ótica” (1975), vencedor do prêmio de melhor filme socioantropológico na 5ª Jornada Brasileira de Curta-Metragem de Salvador, em 1975, também será apresentado na mostra.

A exposição será acompanhada de um catálogo, com textos do crítico de arte Alberto Tassinari e do curador Luiz Camillo Osorio, a ser lançado ao longo do período. As fotos que farão parte do livro serão feitas na exposição.

PRÓXIMOS PROJETOS DO ARTISTA
Em novembro deste ano, o artista participará da exposição coletiva “América Latina”, na Fundação Cartier, em Paris, onde apresentará 12 trabalhos. A mostra da instituição francesa seguirá para o Museu do Amparo, no México, em 2014. Antonio Manuel participará, ainda, da coletiva “ExpoProjeção 1973-2013”, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, e, em 2015, seus trabalhos integrarão a mostra “International Pop”, no Walker Art Center, que seguirá para o Dallas Museum of Art e para o Philadelphia Museum of Art, ambos nos EUA.

SOBRE O ARTISTA
(Avelãs de Caminha, Portugal, 1947. Vive e trabalha no Rio de Janeiro)
Antonio Manuel é um dos principais nomes ligados ao experimentalismo no Brasil entre o final dos anos 1960 e a década seguinte. O artista instigou o mundo das artes nos anos 1970, representando a liberdade de expressão em suas peças, em plena época da Ditadura Militar.

Dentre suas principais exposições individuais estão “I want to act, not represent”, na Americas Society, em Nova York, em 2011; “Fatos”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, em 2007; mostra no Pharos Centre of Contemporary Art, em Chipre, em 2005; no Museu da Chácara do Céu, em 2002; na Fundação Serralves, em Portugal, em 2000; no Jeu de Paume, em Paris, em 1999; no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, em 1998; no Centro de Arte Hélio Oiticica, em 1997, entre outras. 

Dentre suas principais exposições coletivas estão: “30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição”, na Fundação Bienal de São Paulo, em 2013; Arte de contradicciones. Pop, realismos y política. Brasil – Argentina 1960”, na Fundación PROA, em Buenos Aires, “Play With Me: Interactive Installations”, no Molaa Museum of Latin American Art, na Califórnia, e “Tercera Trienal Poli/Grafica de San Juan”, Trienal Poli/Grafica de San Juan, ambas em 2012; “Performa 11”, em Nova York, e “A Rua”, no MuHKA Museum voor Hedendaagse Kunst Antwerpen, em Auérpia, ambas em 2011; “29° Bienal de São Paulo”, em 2010; “Art Vida: Action by Artists of the Americas, 1960 – 2000”, no Museo Del Barrio, em Nova York, em 2008; “Arte como questão – Anos 70”, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, em 2007; “Espaço Aberto/Espaço Fechado – sites for sculpture in modern Brazil”, no Henry, em Leeds, na Inglaterra e “É HOJE na arte brasileira contemporânea”, no Santander Cultural, em Porto Alegre, ambas em 2007; “5th Mercosul Biennial”, em Porto Alegre, e “L’Art Contemporain Brésilien dans sa diversité”, no Carreau du Temple, em Paris, ambas em 2005; “Beyond Geometry; Experiments in Form. 1940-70’s”, em Los Angeles Museum of Art e Miami Art Museum, e Inverted Utopias”, Museum of Fine Arts Houston, ambas nos EUA, em 2004; “Caminhos do Contemporâneo 1952-2002”, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, em 2002; “Brazil: Body and Soul”, no Guggenheim Museum, em Nova York, e “Experiment: art in Brazil 1958-2000”, no Museum of Modern Art, em Oxford, Londres, ambas em 2001; entre outras.

Produziu cinco filmes de curta-metragem: “By Antonio” (1972); “Loucura & Cultura” (1973), premiado no 3º Festival de Curta-Metragem do Jornal do Brasil, em 1973; “Semi-Ótica” (1975), vencedor do prêmio de melhor filme socioantropológico na 5ª Jornada Brasileira de Curta-Metragem de Salvador, em 1975; “Uma Parada” e “Arte Hoje” (1976).

Serviço: Antonio Manuel
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 12 de dezembro de 2013, às 19h
Exposição: 13 de dezembro de 2013 a 16 de fevereiro de 2014
Curadoria: Luiz Camillo Osorio
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das 12h às 18h.
Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de 12 anos: R$6,00
Maiores de 60 anos: R$6,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h: entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600

Mais informações: CW&A Comunicação
                               Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
                               21 2286.7926 e 3285.8687

                               claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br










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