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São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011 |
CLOACYR SIDNEY MOSCA (1937-2011) O pintor do capacete do Senna ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Poucos dias antes de viajar para disputar o Mundial de Kart, no fim dos anos 70, Ayrton Senna procurou Cloacyr Sidney Mosca em São Paulo. O piloto precisava ter o capacete pintado com as cores da bandeira do Brasil, como exigia o regulamento da corrida. Sid Mosca achou que o verde ficaria feio e por isso cobriu o capacete de amarelo, riscando nele duas faixas horizontais: uma verde e outra azul. Criou ali um símbolo. Senna adorou o resultado do trabalho, feito em apenas dois dias, e manteve a pintura ao longo de toda a carreira, transformando-a na mais conhecida do automobilismo. Natural de Jaú (SP), Sid veio criança para São Paulo. Do pai, motorista e mecânico, herdou a paixão pelos carros. Por influência de um primo, interessou-se pela pintura de automóveis. Acabou abrindo uma funilaria. Na década de 70, chegou a correr, mas o destaque não veio como piloto e, sim, pela pintura que fez no carro. Os pedidos foram tantos que ele se especializou na arte de colorir capacetes e automóveis. Segundo o filho Alan, que aprendeu o ofício com o pai, o primeiro a projetar o negócio foi Emerson Fittipaldi. A maioria dos brasileiros na F-1 tinham um "Painted by Sid-Brasil", como Barrichello, Massa e Piquet, autor do próprio desenho. Perfeccionista, acreditava que se a pintura cumprisse as próprias exigências, o resultado iria agradar o cliente. Há uns três anos, por causa de um câncer, passou o ateliê em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, para o filho. Morreu na madrugada de ontem, aos 74. Deixa viúva, dois filhos e três netos. coluna.obituario@uol.com.br |
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