São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 2011 |
ISAAC FINGUERMANN (1929-2011) O engenheiro e os comerciais de TV ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO No fim dos anos 90, Isaac Finguermann apareceu na TV, sentado no banco de trás de um carro, com charuto na boca e relógio de ouro no pulso. Ao seu lado, uma moça jovem, ruiva, dizia: "Os filhos dele não entendem a pureza do nosso amor, né, Tigrão?". Isaac virou Tigrão porque o filho, que atuava em comerciais, um dia levou o pai para fazer teste. Ele, de forte veia humorística, roubou a cena, lembra o filho Luiz. Participou de três propagandas, como a da união entre a Electrolux e a Prosdócimo, nos anos 90, que usava o casamento por interesse como mote. Parou quando achou que não tinha mais idade para fazer "micagens". Filho único de judeus imigrantes russos, estudou desde pequeno no Mackenzie, onde se formou engenheiro civil, em 1954. Na General Motors, trabalhou por dez anos. Também passou pela Prefeitura de SP e por construtoras e depois seguiu como engenheiro autônomo. Construiu na região de Cotia e Itapevi, na Grande São Paulo. Após se aposentar, foi se dedicar às suas paixões. Colecionava selos, moedas, postais, cartões telefônicos e até rolhas. Chegou a ter uma coluna sobre selos num semanário e integrou a Abrajof (Associação Brasileira de Jornalistas Filatélicos). Também adorava mandar cartas para jornais, falando tanto da importância de as crianças jogarem bolinhas de gude quanto de política. Todo dia, às 6h, já estava na padaria Aracaju, em Higienópolis, onde morava, ou conversando com os taxistas. Morreu na sexta, aos 81, de infecção pulmonar. Deixa viúva, quatro filhos e dois netos. coluna.obituario@uol.com.br |
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