«É mais fácil desintegrar um átomo, que um preconceito.» -- Albert Einstein -- . |
A ação movida pela razão
Li, não sei onde ou a autoria – por favor, me digam a respeito –, que um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No centro dela, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um deles subia a escada para pegar bananas, os cientistas jogavam um jato de água gelada nos demais que estavam no chão.
Depois de algum tempo, quando um dos macacos ia subir a escada, seduzido pelo cacho de bananas, os outros o pegavam e o enchiam de pancadas. Com isso, nenhum deles se atrevia a fazer o trajeto, mesmo diante da tentação das bananas.
A ação movida pelo preconceito
Então, os cientistas substituíram um dos macacos por outro que, recém-chegado e desconhecendo a situação reinante, a primeira coisa que fez foi subir a escada, sendo de pronto dela retirado e surrado pelos outros. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo aprendeu a lição e também desistiu das bananas.
Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foram substituídos.
Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui...".
Como se parecem, meu Deus!
Só para vocês terem uma ideia, estudos do genoma, realizados em 2001, nos dão conta que o homem tem mais semelhanças com os macacos do que se imaginava. Em passado recente, cientistas causaram surpresa ao revelar que a diferença entre o genoma humano e o do chimpanzé era de cerca de 2%, assim como com o do gorila e do orangotango era algo em torno de 3%. Agora, pela conclusão dos recentes estudos, os seres humanos diferem 1,24% dos chimpanzés, 1,62% dos gorilas e 1,63%, dos orangotangos.
Boa-vontade dilui os preconceitos
A propósito, creio ser oportuno falar sobre os preconceitos que existem no mercado de arte, com referência aos vários tipos de linguagem de expressão nas artes plásticas e visuais.
Os preconceitos são quase sempre bilaterais. Existem antagonismos sem nenhuma base ou justificativa quando alguém torce o nariz para a arte do outro, embora fosse mais construtivo cada um cuidar da sua própria vida.
Por isso, caro leitor, viva a diferença! A prevalecer quaisquer das teses, teríamos o nivelamento nas artes e, com ele, um mundo monótono, sem opções e sem graça.
O momento de cada um
Por força da lógica, a obra de arte deve ter um compromisso com seu momento, com o contexto cultural do lugar e da época de sua execução. No entanto, ninguém é dono da verdade e, tampouco, tem o direito de se arvorar em fiscal do livre-arbítrio alheio. Quem quiser rever o que foi feito no passado, reconstituir determinadas épocas ou remar contra a maré, que o faça: ninguém tem nada com isso. Aqui, também, a regra é não se meter na vida dos outros.
Qualidade é o que importa
Devemos gostar de tudo que reputamos ser de boa qualidade, independentemente de ser antigo ou novo, contemplativo ou reflexivo, figurativo ou abstrato, triste ou alegre, hermético ou comercial e quaisquer outros tipos de antagonismos que possam existir em termos artísticos. Gosto sempre do que é verdadeiro, criativo, personalíssimo e honesto.
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