quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MAM-Rio apresenta, a partir de hoje, a exposição "Humúsica”, com obras de diversas fases da trajetória do artista Cabelo, nascido em Cachoeiro de Itapemirim,


Cabelo – Humúsica

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
[Espaço 2.4]
Abertura: 17 de outubro de 2012, às 19h
Exposição: 18 de outubro a 2 de dezembro de 2012 
Curadoria: Luiz Camillo Osorio 
Patrocínio: Secretaria Municipal de Cultura/ Prefeitura do Rio

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta no dia 17 de outubro, para convidados, e no dia seguinte para o público, a exposição "Humúsica”, com obras de diversas fases da trajetória do artista Cabelo, nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1967, e radicado há décadas no Rio, que ocupa um lugar de destaca no panorama contemporâneo. O patrocínio é da Secretaria Municipal de Cultura/ Prefeitura do Rio. 

Cabelo conta que a mostra “será instaurada como uma composição”, com obras em suportes variados, como esculturas, objetos, desenhos, pinturas e projeções. Ele diz ter a intenção de propiciar um pouco da experiência de seu processo de criação, onde palavras, imagens e sons convivem simultaneamente. 

Estarão na exposição as esculturas móveis “K-roças”, sobre eixos e rodas de skate, tendo representações de Buda como cocheiros. “Esses veículos, alguns deles sonoros, se espalham pelo espaço e de acordo com seu deslocamento vão dando novos sentidos à composição”, diz. Também serão apresentados os “Kosmicars” – feitos com espelhos e fotos do telescópio Hubble – , a “K-roça canteiro de minhocas” e os “Jardins ambulantes”.

No dia da inauguração, Cabelo irá incorporar seu heterônimo MC Minhoca, fazendo improvisos ao som de DJ Esterco, com direito à presença de dançarinos do passinho.

“Humúsica é uma exposição sobre tudo: desenho, performance, poesia, escultura, música. É uma exposição-instalação do Cabelo. E também do MC Minhoca e do DJ Esterco. Não há que se ater aos detalhes. Tudo é húmus (e música). Uma coisa se transforma e se fertiliza na outra. Metamorfose e ruído. Contaminações que fazem um elemento residual se tornar possibilidade plástica. A palavra vira carne e as letras garatujas e desenhos. Lixo e luxo. O ateliê do Cabelo está em Copacabana, entre o morro e a praia, entre a confusão e a lentidão. São muitas temporalidades e um só espaço. Um presente grávido de direções e de caos como todo este universo poético que se põe em cena agora no MAM”, diz o curador Luiz Camillo Osorio. 



Cabelo – Pequena Biografia 

Cabelo nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 1967, e veio para o Rio ainda menino. Passou a infância e adolescência praticando esportes como futebol, jiu-jitsu, surf e skate. Através do skate teve contato com o punk rock e seu lema: "do it yourself", atitude que marca até hoje sua expressão artística.

Abandonou a faculdade de engenharia para dedicar-se à criação de minhocas. Para ele, o contato com o poder alquímico desses anelídeos de transformar dejetos em húmus muito influencia seu pensamento. Abatido por uma infestação de vermes e protozoários retorna à cidade para tratar-se. Durante a convalescença tem contato com a poesia de Ferreira Gullar, Paulo Leminski, entre outros, e é inoculado pelo vírus da poesia. A partir daí passa a dedicar-se simultaneamente às artes plásticas e à música, considerando-as manifestações da poesia.

Com outros poetas formou o “Boato”, realizando intervenções poéticas, teatro, curta metragem, etc. Com a banda Boato lança pela Dubas / Warner o CD Abracadabra. As apresentações da banda ficaram conhecidas por sua mistura de ritmos, e pelo vigor poético e performático.
  
Participou da X Documenta de Kassel com uma performance polêmica, ateando fogo em um aquário com peixes vivos.

Realizou ano passado a exposição “Cabelo apresenta Mc Fininho e DJ Barbante no Baile Funk”, na galeria A Gentil Carioca, incorporando o personagem Mc Fininho. Para esta mostra convocou produtores como Kassin, Berna Ceppas, Sany Pitbull, Lucas Santtana, entre outros para produzir os funks que compôs, fazendo um show na abertura.

Como Mc Fininho se apresentou em junho no festival Back to Black em Londres, com Sany Pitbull e dançarinos do passinho.

Em várias obras utiliza a música, seja ela improvisada com um microfone no Largo da Carioca, ou com uma banda no palco de um teatro, transformando em rap um poema de Baudelaire. Também, em colaboração com músicos, faz trilhas sonoras que integram instalações, como em “Caixa Preta”, com Paulo Vivacqua, misturando raps de facções criminosas com vozes de Glauber Rocha e Hélio Oiticica, e Mianmar Miroir (The Corridor), Miami Basel, com Leo Saad.

Compositor, tem músicas gravadas por Cidade Negra, Monobloco, Osvaldo Pereira, Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede, entre outros. É um dos autores de “Menina do Salão de Beleza”, cantada por Pedro Luis na trilha da novela Avenida Brasil. Está gravando seu CD solo que deve ser lançado no começo do próximo ano.


Serviço: Exposição "Cabelo – Humúsica”
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Abertura: 17 de outubro de 2012, às 19h
Exposição: 18 de outubro a 2 de dezembro de 2012
Realização: MAM Rio
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de 12 anos R$6,00
Maiores de 60 anos R$6,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h entrada gratuita 
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 
Telefone: 21.2240.4944


Mais informações: CW&A Comunicação 
        Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha 
           21 2286.7926 e 3285.8687

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