quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rio de Janeiro > Exposição de Frida Baranek no Museu de Arte Moderna (MAM-Rio). de 30 de outubro a 5 de janeiro

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Frida Baranek – Confrontos

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio
[Terceiro andar]
Abertura: 29 de outubro de 2013, às 19h
Exposição: 30 de outubro de 2013 a 5 de janeiro de 2014
Curadoria: Catherine Bompuis
Produção: Suzy Muniz Produções

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, de 29 de outubro de 2013 a 5 de janeiro de 2014, a exposição “Frida Baranek – Confrontos”, com esculturas produzidas entre 1985 e 2013, que ocuparão um espaço de 600 metros quadrados no terceiro andar do Museu. Esta é a maior exposição da artista no país, e sua primeira individual no MAM Rio. Torna-se portanto uma excelente oportunidade de o público brasileiro ver um expressivo recorte de sua produção. Frida Baranek ficou conhecida a partir da chamada “Geração 80”, e há mais de vinte anos mora no exterior. “Confrontos” tem curadoria da historiadora da arte e pesquisadora Catherine Bompuis, que reuniu obras que foram produzidas em diferentes cidades e épocas de sua pesquisa.

“As obras de Frida Baranek escolhidas para esta exposição obedecem a uma vontade de tornar visível momentos de um percurso iniciado em 1985. Desde suas primeiras esculturas se elabora a relação que a artista vai entreter ao longo desses anos com os materiais, relação que desafia sua resistência para conduzir a sua metamorfose: construir com e contra”, afirma a curadora.

Para a artista, esta é também uma emoção fazer uma exposição com esse caráter, uma ocasião rara, em que se pode colocar no mesmo espaço obras de épocas e circunstâncias diferentes”. “Provavelmente eu também vou perceber coisas que não vi antes”, diz. O momento também se reveste de especial importância para a artista, que irá reencontrar amigos de trajetória, como Angelo Venosa, Daniel Senise, Beatriz Milhazes, Leda Catunda e Carlito Carvalhosa, e também nomes de outras gerações, como Cildo Meireles e Iole de Freitas.

Estará nos pilotis do Museu a obra “Unclassified”, de 1992, com mais de quatro metros de altura e cerca de 1,5 tonelada, construída com partes de aviões excedentes da indústria militar americana e sucata de aço inox, que foi exibida no MoMA de Nova York em 1993. Premiada em 1992 com uma residência pela Fulbright International Fellowship in the Visual Arts, nos EUA, Frida Baranek fez o projeto desta instalação, e foi para isso comissionada pelo MoMA de Nova York para a exposição “Latin American Artists of the XX Century”. A obra é um dos trabalhos mais emblemáticos desta exposição.

“A escultura de Frida Baranek desafia a lei da gravidade, mostra placas de aço dobradas como simples folhas de papel amassadas, constrói com ferro, aço e mármore uma forma orgânica e intimista numa experiência do fazer cada vez renovada. As referências ao corpo, sem jamais serem ilustrativas, propõem uma experiência perceptiva”, escreve Catherine Bompuis no texto da exposição.

A obra “Grand titre”, de 1995, está sendo refeita para a mostra no MAM Rio. A grande escultura, com 4m de comprimento, por 1,40m de largura, mais de dois metros de altura e 300 quilos, cria uma ambiguidade entre a estrutura de ferro, distorcido em uma infinidade de molas, e a leveza e suavidade das bolas brancas de látex – dessas para encher –, e das bolas em vidro.  Essas últimas foram feitas em vidro soprado especialmente para a artista. Com uma aparência orgânica, a obra remete à entrada de uma caverna ou ainda a uma boca aberta de um animal monstruoso. O ferro, dobrado pela artista em molas, aponta para diferentes direções, e apenas uma de suas partes encosta no chão. “Há um arame dentro das bolas de látex. No início da exposição, elas estarão mais cheias e, ao longo do tempo, irão esvaziando”, conta.
OBRAS INÉDITAS
Dentre as obras inéditas, produzidas este ano especialmente para esta exposição, está “Armadilha”. Feita em ferro e arame galvanizado, a grande escultura arredondada tem 3,20m de diâmetro, e 2,70m de altura. “Ela é composta por um único fio condutor, que constrói toda a estrutura da obra. É uma alusão a armadilhas figurativas, a uma metáfora à própria obra de arte”, diz. “Armadilha é um objeto que substitui o caçador, e que fica suspensa. Ao mesmo tempo, coloca o tempo suspenso, à espera de uma catástrofe. Existe um tempo vazio lá dentro. Ao olhar para uma obra de arte que funciona ela te captura”, afirma a artista. “O espaço de uma exposição é um espaço de captura do pensamento, que mantém suas vítimas – os visitantes – em suspensão. Nesta peça, o espectador transfere seu corpo para dentro dela. Ele se imagina lá dentro”. “Quando a ação acontece, a armadilha acontece. Um pouco como a condição humana: o modelo do caçador e de sua vítima”, observa.

Outra obra inédita, produzida especialmente para a exposição no MAM Rio, é “Aliança”, composta por 20 argolas de ferro, que pesam cerca de dez quilos cada, totalizando 230 quilos. “As argolas são presas por um único fio dourado que percorre toda a instalação. A obra será pendurada no teto do Museu e flutuará no espaço. Uma peça que trabalha muito com o equilíbrio, com a continuidade, com a ruptura, com o tempo, com a possibilidade da surpresa, pois ela pode se mexer a qualquer tempo”. O fio dourado tanto sustenta as argolas como tem uma função de união. Todas as argolas estão presas em uma peça de madeira que é fixada no teto em um único ponto. Quando as argolas se tocam, produzem um som de sino, como um aviso, uma marcação de tempo.

Sobre as obras de Frida Baranek, a curadora Catherine Bompuis afirma: “A poética existencial, a necessidade de se confrontar e de confrontar sem nenhum pré-determinismo formal inscrevem esses objetos no centro de uma abordagem fenomenológica”.

A exposição terá, ainda, outras obras importantes da trajetória da artista, como “Sem título” (Balão, 1985), “Sem título” (1988), “Deusa imortal” (1999), “Rede” (2000), “Bolo inteiro” (1990-2013), “Speculum” (2006), “Sem título (1985), “Ma memoire” (1998), “Balance III” (2004) e a gravura “Long flat swirls” (2009).

SOBRE A ARTISTA

Frida Baranek nasceu no Rio de Janeiro, em 1961, e é uma das integrantes da chamada “Geração 80”. Fora do Brasil há mais de 20 anos, morou em Paris, Berlim, Nova York e Londres, onde vive atualmente. Integrou importantes exposições, como a 20ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1989; a 49ª Bienal de Veneza, em 1990; “Metropolis International Art Exhibition”, em Berlim, em 1991; “Ultramodern: The Art of Contemporary Brasil”, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, em 1993; e “Discover Brazil”, no Ludwig Museum, em Colônia, Alemanha, em 2005, e na “Latin American Artists of the XX Century”, no MoMA de Nova York, em 1993.

Suas obras estão nos acervos do National Museum of Women in the Arts, em Washington, LEF Foundation, em San Francisco, Washington University Art Museum e e Loumeier Foundation, em St. Louis, nos EUA. Outras coleções que possuem trabalhos da artista são o Ministère de la Culture e Fonds National d’Art Contemporain, na França, Pusan Metropolitan Art Museum, na Coreia do Sul, e os Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Esta é a primeira individual da artista no MAM Rio, que já recebeu obras da artista na exposição coletiva “Anos 80: Coleção Gilberto Chateaubriand”, em 1995. Arquiteta de formação, pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, trabalhou de 1978 a 1983 no MAM como artista, em cursos e workshops no Ateliê do Museu, e na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro.

SOBRE A CURADORA

Catherine Bompuis, entre outras atividades desenvolvidas, dirigiu o Fonds Régional d’Art Contemporain de Champagne-Ardenne (FRAC),Reims  de 1984 a 1987, e  trabalhou para o Ministério da Cultura da França na Délégation aux Arts Plastiques, de 1988 à 2005.

Dentre suas principais curadorias estão Klaus Rinke”, Reims, em 1986; “Raymond Hains, Paris-Pâris”, Frac Champagne-Ardenne, Troyes, em 1987; Co-curadoria da exposição “Les années 50 en Europe”, no Museu de Arte Moderna de Saint-Etienne, em 1987; “Raymond Hains – Guide des collections permanentes ou mises en plis”, Centro Georges Pompidou, Paris, em 1990; Retrospectiva Raymond Hains, no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona e no Museu Serralves, no Porto, em 1999-2000; “Claudio Paiva – O Multiplicador de Infinitos”, Galeria Arthur Fidalgo, Rio, 2009; “Various Artists”, Galeria Luisa Strina ,São Paulo, em 2012.

Colaborou com edições do Centro Georges Pompidou, em Paris, sendo co-autora das biografias de Jackson Pollock, em 1982, e Willem De Kooning, em 1984, para catálogos das mostras retrospectivas dos artistas no MNAM, Paris . Escreveu vários artigos sobre artistas contemporâneos, entre eles, Joseph Beuys, e Lygia Clark, em revistas como “Art Studio”, em 1987, e “Le travail de l’art”, em 1997.

Serviço: Frida Baranek – Confrontos
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 29 de outubro de 2013, às 19h
Exposição: 30 de outubro de 2013 a 5 de janeiro de 2014
Curadoria: Catherine Bompuis
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das 12h às 18h.
Sábado, domingo e feriado das 12h às 19h.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de 12 anos: R$6,00
Maiores de 60 anos: R$6,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h: entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600









Mais informações: CW&A Comunicação
                               Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
                               21 2286.7926 e 3285.8687

                               claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br

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