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Frida Baranek – Confrontos
Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro, Rio
[Terceiro andar]
Abertura: 29 de outubro de 2013, às 19h
Exposição: 30 de
outubro de 2013 a
5 de janeiro de 2014
Curadoria: Catherine Bompuis
Produção: Suzy Muniz
Produções
O
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, de 29 de outubro de 2013 a 5 de janeiro de 2014, a exposição “Frida
Baranek – Confrontos”, com esculturas produzidas entre 1985 e 2013, que
ocuparão um espaço de 600 metros quadrados no terceiro andar do
Museu. Esta é a maior exposição da artista no país, e sua primeira individual
no MAM Rio. Torna-se portanto uma excelente oportunidade de o público
brasileiro ver um expressivo recorte de sua produção. Frida Baranek ficou
conhecida a partir da chamada “Geração 80” , e há mais de vinte anos mora no exterior.
“Confrontos” tem curadoria da historiadora da arte e
pesquisadora Catherine Bompuis, que reuniu obras que foram produzidas em diferentes
cidades e épocas de sua pesquisa.
“As obras de Frida
Baranek escolhidas para esta exposição obedecem a uma vontade de tornar
visível momentos de um percurso iniciado em 1985. Desde suas primeiras
esculturas se elabora a relação que a artista vai entreter ao longo desses anos
com os materiais, relação que desafia sua resistência para
conduzir a sua metamorfose: construir com e contra”, afirma a curadora.
Para a
artista, esta é também uma emoção fazer uma exposição com esse caráter, uma
ocasião rara, em que se pode colocar no mesmo espaço obras de épocas e
circunstâncias diferentes”. “Provavelmente eu também vou perceber coisas que
não vi antes”, diz. O momento também se reveste de especial importância para a
artista, que irá reencontrar amigos de trajetória, como Angelo Venosa, Daniel
Senise, Beatriz Milhazes, Leda Catunda e Carlito Carvalhosa, e também nomes de
outras gerações, como Cildo Meireles e Iole de Freitas.
Estará nos pilotis do Museu a obra “Unclassified”, de 1992, com mais de quatro metros de altura e cerca de
1,5 tonelada, construída com partes de aviões excedentes da indústria militar
americana e sucata de aço inox, que foi exibida no MoMA de Nova York em 1993.
Premiada em 1992 com uma
residência pela Fulbright International Fellowship in the Visual Arts, nos EUA, Frida
Baranek fez o projeto desta instalação, e foi para isso comissionada pelo MoMA de Nova York para a exposição “Latin American
Artists of the XX Century”. A obra é um dos trabalhos mais emblemáticos desta
exposição.
“A escultura de Frida Baranek desafia a lei da
gravidade, mostra placas de aço dobradas como simples folhas de papel
amassadas, constrói com ferro, aço e mármore uma forma orgânica e intimista
numa experiência do fazer cada vez renovada. As referências ao corpo, sem
jamais serem ilustrativas, propõem uma experiência perceptiva”, escreve Catherine
Bompuis no texto da exposição.
A obra “Grand titre”, de 1995, está sendo refeita para
a mostra no MAM Rio. A grande escultura, com 4m de comprimento, por 1,40m de
largura, mais de dois metros de altura e 300 quilos, cria uma ambiguidade entre
a estrutura de ferro, distorcido em uma infinidade de molas, e a leveza e
suavidade das bolas brancas de látex – dessas para encher –, e das bolas em vidro. Essas últimas foram feitas
em vidro soprado especialmente para a artista. Com uma aparência orgânica, a
obra remete à entrada de uma caverna ou ainda a uma boca aberta de um animal
monstruoso. O ferro, dobrado pela artista em molas, aponta para diferentes
direções, e apenas uma de suas partes encosta no chão. “Há um arame dentro das
bolas de látex. No início da exposição, elas estarão mais cheias e, ao longo do
tempo, irão esvaziando”, conta.
OBRAS INÉDITAS
Dentre as
obras inéditas, produzidas este ano especialmente para esta exposição, está
“Armadilha”. Feita em ferro e arame galvanizado, a grande escultura arredondada
tem 3,20m de diâmetro, e 2,70m de altura. “Ela é composta por um único fio
condutor, que constrói toda a estrutura da obra. É uma alusão a armadilhas
figurativas, a uma metáfora à própria obra de arte”, diz. “Armadilha é um
objeto que substitui o caçador, e que fica suspensa. Ao mesmo tempo, coloca o
tempo suspenso, à espera de uma catástrofe. Existe um tempo vazio lá dentro. Ao
olhar para uma obra de arte que funciona ela te captura”, afirma a artista. “O
espaço de uma exposição é um espaço de captura do pensamento, que mantém suas
vítimas – os visitantes – em suspensão. Nesta peça, o espectador transfere seu
corpo para dentro dela. Ele se imagina lá dentro”. “Quando a ação acontece, a
armadilha acontece. Um pouco como a condição humana: o modelo do caçador e de
sua vítima”, observa.
Outra obra
inédita, produzida especialmente para a exposição no MAM Rio, é “Aliança”,
composta por 20 argolas de ferro, que pesam cerca de dez quilos cada,
totalizando 230 quilos. “As argolas são presas por um único fio dourado que percorre
toda a instalação. A obra será pendurada no teto do Museu e flutuará no espaço.
Uma peça que trabalha muito com o equilíbrio, com a continuidade, com a
ruptura, com o tempo, com a possibilidade da surpresa, pois ela pode se mexer a
qualquer tempo”. O fio dourado tanto sustenta as argolas como tem uma função de
união. Todas as argolas estão presas em uma peça de madeira que é fixada no
teto em um único ponto. Quando as argolas se tocam, produzem um som de sino,
como um aviso, uma marcação de tempo.
Sobre as obras de Frida Baranek, a curadora Catherine
Bompuis afirma: “A poética existencial, a necessidade de se confrontar e de
confrontar sem nenhum pré-determinismo formal inscrevem esses objetos no centro
de uma abordagem fenomenológica”.
A exposição terá, ainda, outras obras importantes da
trajetória da artista, como “Sem título” (Balão, 1985), “Sem título” (1988),
“Deusa imortal” (1999), “Rede” (2000), “Bolo inteiro” (1990-2013), “Speculum”
(2006), “Sem título (1985), “Ma memoire” (1998), “Balance III” (2004) e a
gravura “Long flat swirls” (2009).
SOBRE
A ARTISTA
Frida Baranek nasceu no Rio de Janeiro, em 1961, e é
uma das integrantes da chamada “Geração 80” . Fora do Brasil há mais de 20 anos, morou
em Paris, Berlim, Nova York e Londres, onde vive atualmente. Integrou
importantes exposições, como a 20ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1989;
a 49ª Bienal de Veneza, em 1990; “Metropolis International Art Exhibition”, em
Berlim, em 1991; “Ultramodern: The Art of Contemporary Brasil”, na Fundação
Gulbenkian, em Lisboa, em 1993; e “Discover Brazil”, no Ludwig Museum, em
Colônia, Alemanha, em 2005, e na “Latin American Artists of the XX Century”, no
MoMA de Nova York, em 1993.
Suas obras estão nos
acervos do National Museum of Women in the Arts, em Washington, LEF Foundation,
em San Francisco ,
Washington University Art Museum e e Loumeier Foundation, em St. Louis , nos EUA. Outras coleções que possuem trabalhos da artista são o Ministère de la Culture e Fonds National
d’Art Contemporain, na França, Pusan Metropolitan Art Museum, na Coreia do Sul,
e os Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Esta é a
primeira individual da artista no MAM Rio, que já recebeu obras da artista na
exposição coletiva “Anos 80: Coleção Gilberto Chateaubriand”, em 1995.
Arquiteta de formação, pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro,
trabalhou de 1978 a
1983 no MAM como artista, em cursos e workshops no Ateliê do Museu, e na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro.
SOBRE A CURADORA
Catherine Bompuis, entre outras atividades desenvolvidas, dirigiu o Fonds
Régional d’Art Contemporain de Champagne-Ardenne (FRAC),Reims de 1984 a 1987, e
trabalhou para o Ministério da Cultura da França na Délégation aux Arts
Plastiques, de 1988 à 2005.
Dentre suas principais curadorias estão “Klaus Rinke”, Reims, em 1986; “Raymond Hains, Paris-Pâris”, Frac Champagne-Ardenne, Troyes, em
1987; Co-curadoria da exposição “Les années 50 en Europe”, no Museu de Arte
Moderna de Saint-Etienne, em 1987; “Raymond Hains – Guide des collections
permanentes ou mises en plis”, Centro Georges Pompidou, Paris, em
1990; Retrospectiva Raymond Hains, no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona
e no Museu Serralves, no Porto, em 1999-2000; “Claudio Paiva – O Multiplicador
de Infinitos”, Galeria Arthur Fidalgo, Rio, 2009; “Various Artists”, Galeria
Luisa Strina ,São Paulo, em 2012.
Colaborou com edições do Centro Georges Pompidou, em Paris, sendo
co-autora das biografias de Jackson Pollock, em 1982, e Willem De Kooning, em
1984, para catálogos das mostras retrospectivas dos artistas no MNAM, Paris .
Escreveu vários artigos sobre artistas contemporâneos, entre eles, Joseph
Beuys, e Lygia Clark, em revistas como “Art Studio”, em 1987, e “Le travail de
l’art”, em 1997.
Serviço: Frida Baranek – Confrontos
Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro
Abertura: 29 de
outubro de 2013, às 19h
Exposição: 30 de outubro de 2013 a 5 de janeiro de 2014
Curadoria: Catherine
Bompuis
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das
12h às 18h.
Sábado, domingo e
feriado das 12h às 19h.
Ingresso: R$12,00
Estudantes maiores de
12 anos: R$6,00
Maiores de 60 anos:
R$6,00
Amigos do MAM e
crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a
partir das 15h: entrada gratuita
Domingos ingresso
família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante
Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo –
Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21. 3883.5600
Mais informações:
CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos
Noronha
21
2286.7926 e 3285.8687
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