domingo, 24 de abril de 2011

La Marsellaise > Era apenas uma canção, depois os soldados de Marselha a adotaram e, por fim, tornou-se o Hino Nacional

 
"Liberdade, Igualdade e Fraternidade", a trilogia
que inspirou a Revolução Francesa

     La Marseillaise 

     (A Marselhesa, em português) é o hino nacional da França. Foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, da divisão de Estrasburgo, como canção revolucionária. A canção adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa.

     Seu título era originalmente Canto de Guerra para o Exército do Reno. O hino foi composto por Rouget de Lisle, oficial do exército francês e músico autodidata, a pedido do prefeito de Estrasburgo, Philippe-Frédéric de Dietrich, dias depois da declaração de guerra ao imperador da Áustria, em 25 de abril de 1792. O canto deveria ser um estímulo para encorajar os soldados no combate de fronteira, na região do rio Reno.

     A canção obteve sucesso imediato e em pouco tempo, por intermédio de viajantes, chegou à Provença, no sudeste da França. Um mês depois, a canção chegava a Paris com os soldados federados marselheses, que a cantaram durante todo o percurso. Desde então, passou a ser associada à cidade de Marselha. No dia 4 de agosto o jornal La Chronique de Paris evocou o canto dos marselheses, e seis dias depois ele seria entoado durante a famosa tomada do Palácio das Tulherias.

     Em 20 de setembro de 1792, o exército revolucionário, comandado pelo general Dumouriez, venceu a Batalha de Valmy, travada contra a nobreza francesa e seus aliados austríacos e prussianos, que tentavam derrubar o regime instaurado em 1789. Na ocasião, Servan de Gerbey, ministro da Guerra da França, escreveu a Dumouriez: "O hino conhecido pelo nome de La Marseillaise é o Te Deum da República". [1]

     Em 1795, foi instituída pela Convenção como hino nacional.


Escultura de Francois Rude (saiba mais)

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E O AUTOR CAIU NO OSTRACISMO

      No ano de 1830, Rouget, já septuagenário, vivia tranqüilo e ignorado no povoado de Choisyle-Roi, levando resignadamente uma existência um tanto difícil. A mesquinha pensão que o governo lhe dava, uns 1.500 francos por ano, mal lhe chegava para satisfazer as pequenas necessidades. Aquilo era quase a miséria pois, além de ser escasso o soldo, chegava sempre ás mãos do sue usufrutuário, não só cercado pelos impostos, mas também com pouca pontualidade.

     No entretanto, Rouget dava-se por satisfeito, lembrando-se de que já tinha passado seis anos de sua vida em piores circunstancias, em Paris, onde, para poder comer, se via obrigado a passar noites em claro, fazendo traduções de obras inglesas para editores da capital. Os dias passava-os o glorioso ancião pelos ministérios, pedindo uma pensão que lhe permitisse acabar os seus dias.

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Vídeo:   Um momento de apoteose no filme "Casablanca" > O canto dos invasores é abafado pelo coro de "La Marsellaise"

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