quarta-feira, 4 de maio de 2011

Arquitetura > Já demolido o Edifício São Vito (SP), veja em simulação como ficará a área do Mercadão

Folha de S. Paulo
04/05/2011 - 14h03

Revitalização do Parque Dom Pedro 2º, em SP, custará R$ 1,5 bi

CAROLINA LEAL
DE SÃO PAULO

O projeto de revitalização da região do Parque Dom Pedro 2º (centro de São Paulo), anunciado nesta quarta-feira pelo prefeito Gilberto Kassab, tem custo estimado de R$ 1,5 bilhão e só deve terminar em 2016, em uma nova gestão da prefeitura. 

 
As principais mudanças apresentadas pelo projeto são o rebaixamento da avenida do Estado, dando lugar a túneis nos dois sentidos no trecho que passa em frente ao Mercado Municipal, a construção de uma unidade do Sesc/Senac no local onde era o antigo edifício São Vito, a implantação de um centro de compras na região da 25 de Março e a criação de um terminal intermodal. 

Três viadutos devem ser demolidos: Diário Popular, 25 de Março e Antonio Nakashima, dando lugar a transposições em nível que facilitem o acesso ao parque Dom Pedro 2º. 

Um bulevar deve interligar o Mercadão à nova unidade do Sesc/Senac, onde serão ministrados cursos de gastronomia. Também serão implantadas lagoas de retenção na região, que auxiliariam na drenagem local. 


Divulgação/Prefeitura
Simulação mostra área do antigo edifício São Vito, em frente ao Mercadão, que deve ser ocupada por unidade do Sesc/Senac
Simulação mostra área do antigo edifício São Vito, em frente ao
Mercadão, que deve ganhar um Sesc/Senac 

O projeto foi dividido em quatro etapas. A primeira prevê a construção de um pontilhão sobre o rio Tamanduateí, que é premissa para a demolição do viaduto Diário Popular, e a criação do centro de compras na 25 de Março. Um estacionamento público também deve ser construído na região. A meta é criar 2.600 vagas de garagem com o projeto --parte delas será voltada ao Mercadão. 

O rebaixamento da avenida do Estado e a demolição dos outros dois viadutos serão feitos nas etapas seguintes. Pontilhões em nível devem ser colocados como forma de extensão da rua do Gasômetro, da rua Maria Domitila e da avenida Rangel Pestana. 

A última etapa prevê que o terminal urbano Parque Dom Pedro 2º e o terminal Expresso Tiradentes sejam transferidos para o lado da estação Dom Pedro 2º do Metrô. Com a mudança, o local viraria um terminal intermodal. Também nessa última etapa é que serão implantadas lagoas de retenção na região. 

Não há previsão exata para o início das obras, mas a expectativa da prefeitura é que as relativas à primeira etapa comecem no primeiro semestre de 2012. 

Apenas o rebaixamento da avenida do Estado e a construção dos túneis tem custo estimado de R$ 1,1 bilhão, mais de 70% do valor total do projeto. Apesar do receio de que o trânsito na região piore enquanto as obras não forem concluídas, a prefeitura afirma que simulações indicaram que as vias da região têm condições de suportar o tráfego. 

Também serão necessárias desapropriações na região, mas o número exato de imóveis e pessoas afetadas ainda não foi divulgado pela prefeitura. 

Desenvolvido pela Fupam (Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente), o projeto não possui garantias de que será concluído pela próxima gestão. Para Kassab, a revitalização tem que ser encarada como um "projeto de cidade, não de gestão".

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COMO ERA A ÁREA, COM O "SÃO VITO" EM PÉ
No segundo plano, o Edifício São Vito, já degradado. No primeiro plano, o Palácio das Indústrias que foi, outrora, sede da Assembléia Legislativa e depois, por vários anos, a sede da Prefeitura.
(Clique na foto para ampliar)




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