quarta-feira, 13 de abril de 2011

Meio Ambiente > Animais em extinção devem seguir seu destino, afirma cientista australiano




     "Espécies condenadas pela matemática", "deixem o maravilhosamente estranho kakapo [um papagaio da Nova Zelândia] morrer." A tragédia parece eminente e Corey Bradshaw está no centro da polémica, pelo menos segundo os títulos de algumas notícias sobre o seu último trabalho. Este mês o investigador do Instituto do Ambiente australiano e da Universidade de Adelaide publicou um estudo em que defende um novo índice para medir a probabilidade de uma determinada espécie escapar à extinção. 

      O bicho-papão chama-se SAFE - Species Ability to Forestall Extinction. Mas mais do que as nove páginas do artigo científico publicado na "Frontiers in Ecology and the Environment", são os comentários de Bradshaw que estão a provocar amargos de boca.

      Sobre o kakapo, Bradshaw disse que é uma pena que a ave vá desaparecer, independentemente de todas as intervenções. "É difícil, mas alguém tem de o dizer." Os ambientalistas neozelandeses reagiram a quente. "Acho que qualquer pessoa dirá que vale absolutamente a pena continuar a protegê-los", disse uma das principais defensoras do papagaio no país, Nicola Vallance, da Royal Forest and Bird Society.


Kakapo, no centro da discussão
     O kakapo (Strigops habroptilus) é uma espécie de papagaio noturno, endémico da Nova Zelândia, notável por ser a única espécie da ordem Psittaciformes incapaz de voar. O seu nome comum significa papagaio da noite em maori. O kakapo é uma ave em em perigo crítico de extinção, com uma população total de apenas 86 exemplares, todos eles monitorados por equipas científicas.
      O kakapo é um papagaio de constituição robusta que pode medir até 60 cm de comprimento e pesar entre 3 a 4 quilos, um valor relativamente elevado em relação a outras aves do seu tamanho e que só é possível por ser não voadora. As asas são atrofiadas e pequenas e servem apenas como balanço quando estas aves circulam entre ramos de árvores. A ausência de músculos de voo faz também com que o esterno seja relativamente reduzido por relação ao seu tamanho.


A extinção sempre foi admitida, só
que ninguém quer falar 

     Extinção em biologia e ecologia é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo a morte do último indivíduo da espécie. Em espécies com reprodução sexuada, extinção de uma espécie é geralmente inevitável quando há apenas um indivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos de um mesmo sexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico - espécies são criadas pela especiação e desaparecem pela extinção.

      Apesar de ser atualmente um fato aceito, a idéia da ocorrência de extinções durante a trajetória histórica da vida na Terra, somente recebeu adesão, após a divulgação dos trabalhos de Georges Cuvier. Este naturalista francês ao formular as leis da Anatomia Comparada possibilitou as reconstruções paleontológicas dos organismos que eram conhecidos somente na forma fóssil e que não tinham correspondentes vivos na atualidade, ou seja, extintos. 




Animais em extinção (ou já extintos)






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