quinta-feira, 7 de abril de 2011

Em que devo investir


 Os limites de
uma resposta
     
Um consulente me perguntou: Quais as melhores opções, atualmente, para investimento em obras de arte no Brasil e no Exterior, na sua opinião? Resolvi transformar a resposta em um artigo, pois, assim, atendo a todos.

     Acontece que não costumo responder perguntas específicas. Respondo, apenas, perguntas genéricas sobre mercado de arte. 

     Primeiro, porque não posso "conduzir" o mercado, o que já entra nos olhos dos leitores eivado de suspeição. 

     Segundo, porque os artistas esquecidos na citação ficariam muito aborrecidos comigo.

    Terceiro, porque este é o meu ganha-pão. Consultas específicas sobre investimentos, avaliação e autenticidade de obras de arte, assim como palestras, cursos, perícias judiciais ou extrajudiciais e arbitramentos, costumo contratar a prestação do serviço com o cliente.

Quem é um bom
investimento

      
      Mas também não vou deixar os interessados sem uma orientação genérica. 

     Obviamente que há artistas plásticos, brasileiros ou estrangeiros, que aqui trabalham ou trabalharam, em atividade ou com obras encerradas, que podem ser considerados bons investimentos. 

     Quanto às opções que dizem respeito ao exterior, confesso que não sou a pessoa indicada para avaliar. Só deito falação sobre o que entendo ou penso que entendo. 

     Tenho me dedicado ao estudo do mercado de arte no Brasil e aos artistas plásticos que aqui criaram suas obras. Daí ter escrito o Manual do Mercado de Arte, até agora, passados mais de dois anos, a única literatura do gênero. 

Os perigos da informação
massificada

     Realmente, não gostaria de citar nomes de artistas. Como já disse, costumo, nos meus sites - www.consultarte.com e www.pitoresco.com/consultoria - responder apenas as perguntas genéricas sobre mercado de arte. 

     Nos sites, também, não cito nomes; principalmente, para que os artistas esquecidos por mim na citação não fiquem aborrecidos. 

     Por outro lado, vivencio, diuturnamente, há quase vinte anos, o mercado de arte, e tenho acertado e errado, como qualquer mortal, mas tenho essas informações exclusivamente para os meus clientes. 

     A prova disso, é que no MMA, livro que escrevi - como nos sites -, não citei, a rigor, nenhum artista, vivo ou morto. Quando, de fato, citei algum, foi por absoluta necessidade de contexto, mas sem nenhuma indicação ou conotação de que fosse um bom ou mau investimento. 

O tempo e o vento

      Se você quer saber do que gosto, para mim, a obra de arte deve ter um compromisso com seu momento, com o contexto cultural do lugar e da época de sua execução. 

     No entanto, ninguém é dono da verdade e, tampouco, tem o direito de se arvorar em fiscal do livre-arbítrio alheio. 

     Quem pretende rever o que se fez no passado, reconstituir determinadas épocas ou remar contra a maré, que o faça: ninguém tem nada com isso.

      Aqui, também, a regra geral é não se meter na vida dos outros.

Qualidade não
se despreza

     Devemos gostar de tudo que reputamos de boa qualidade, independentemente de ser antigo ou novo, contemplativo ou reflexivo, figurativo ou abstrato, triste ou alegre, hermético ou comercial, e quaisquer outros tipos de antagonismos que possam existir em artes plásticas – o que se admite, tão-somente, para argumentar. 

     Gosto sempre do que é verdadeiro, criativo, personalíssimo e honesto.     

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