domingo, 19 de junho de 2011

No Varandão da Saudade > Quem é o Brumel Delano



O Rio de Janeiro que passou...



     Trata-se de um ser virtual que, às vezes, se materializa. Conforme vocês já sabem, bato papos homéricos com ele na varanda da minha casa. É o meu alter ego, que mora dentro do meu computador. Faz-se presente, como personagem, no meu primeiro livro - Manual do Mercado de Arte. Aliás, ele se faz sempre presente. 

Sabe como ele é?

     Ele é exatamente como você imagina que seja alguém que tenha o nome Brumel Delano. Simpático, boa pinta, bom caráter, um metro e noventa de altura, moreno de olhos azuis, culto, sensível, espada e gosta muito do esporte, mas, não se sabe o porquê, dá um azar danado com as mulheres...

     Em tudo que tentou na vida, não foi o que se poderia chamar de um bem sucedido. Decepcionado, se virtualizou. 

No esporte bretão

     Tentou ser jogador de futebol. Passou num teste para um pequeno time carioca e fez um contrato de um ano para receber um salário-mínimo, vale transporte, vale refeição e bichos por vitórias. À exceção das gratificações por vitórias, que jamais as teve, recebia seus salários sempre atrasados. No final do contrato, desistiu.

Na música popular

     Tentou ser pagodeiro, quando foi morar numa COHAB paulistana. Deu errado. Foi, então, para o interior de Goiás e tentou ser cantor sertanejo, mas não arranjou quem o aceitasse para formar uma dupla... Realmente, tinha tudo para vencer como cantor, mas lhe faltava afinação... Gravou um CD independente, patrocinado pelos amigos, que não vendeu nenhum e tampouco foi pirateado...

Na política

     Não teve estômago...

Na televisão

     Como ator, carece de talento. Como autor, até que escreve bem, e bem diferente do que estão escrevendo por lá. Como não encontrou um padrinho, também desistiu. 

  A gota d’água

     Recebeu uma proposta para pousar nu numa revista GLS – cheio de escrúpulos e conhecendo-o como o conheço –, recusou a verba milionária. Depois dessa última chance de ganhar um troco, se virtualizou e pediu para morar no meu computador.

Observação: esta crônica foi escrita em 2002.



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