São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011 |
DOMINGOS AFONSO CAMARGO NEVES DE LUCA (1954-2011) Fonthor de Luca, artista plástico ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Na infância, quando já fazia seus desenhos, Afonso de Luca passou a ser chamado de Fonthor por um irmão. Muitos anos depois, ao decidir se dedicar à arte, fez do apelido seu nome artístico. Paulistano, era filho de um delegado de polícia e de uma dona de casa. Viveu na capital até os oito anos, quando mudou-se para Americana, no interior do Estado. Aos 15, foi para a Europa, onde morou na Itália e na Inglaterra. Quando retornou ao Brasil, entrou em engenharia civil na Faap. Chegou a trabalhar com construção, mas no fundo nunca pretendeu ser engenheiro. Formou-se só para dizer que tinha feito um curso, contava. Na última década, porém, resolveu viver somente de sua arte. Suas pinturas e colagens têm inspiração em artistas da pop art, como Richard Hamilton e Robert Rauschenberg. Expôs em vários países e havia acabado de comprar uma casa em Orlando, nos EUA, com um ateliê, pois estava com muitos trabalhos por lá, como conta a família. Numa de suas exposições, chamada "Mulheres de Cartola", mostrou obras em que retratava figuras femininas. Era um homem engraçado, espirituoso e culto. Segundo a família, Fonthor encontrou-se na arte. Dedicar-se a isso fez muito bem a ele, contam. Há 15 dias, sentiu-se indisposto e acabou não indo à Itália, onde faria uma exposição. Teve um problema cardíaco. Chegou a passar por uma cirurgia nesta semana, mas não resistiu e morreu anteontem, aos 57. Estava casado com Silvana, bióloga, com quem teve uma filha, Mariana, 14, que tem um lado artístico forte, segundo a família. coluna.obituario@uol.com.br |
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