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São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011 |
MARIA AMÉLIA BOTELHO DE SOUZA ARANHA (1917-2011) Mabsa e sua libertação artística ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO A libertação artística de Maria Amélia Botelho de Souza Aranha, como a própria família descreve o período de reviravolta em sua produção, aconteceu no final dos anos 80, quando ela ficou viúva. O sofrimento a fez mudar de estilo. Deixou de lado os retratos acadêmicos e a pintura para se dedicar à escultura. Passou a fazer uma arte mais moderna. Utilizando-se das iniciais de seu nome, começou a assinar Mabsa. De família tradicional, era filha de um agricultor. As primeiras experiências com arte foram na juventude, quando teve aulas com artistas italianos. Fazia pinturas em pastel e depois com tinta a óleo. Em 1940, casou-se com um também agricultor, apaixonado por cavalos, animais que lhe serviriam de inspiração artística. Expôs no Brasil e no exterior e chegou até a ganhar prêmios na Itália. Gostava de viajar e pintar os novos lugares que conhecia. De espírito aventureiro, visitou até o Afeganistão, como conta o filho Joaquim. Com arte, trabalhou até o fim da vida. Estava fazendo um projeto de painéis para o metrô com um grupo de amigas artistas. Segundo o filho, a mãe sempre perseguiu a consagração como artista. Também escreveu e publicou livros de história (do Brasil e da Imperatriz Leopoldina, por exemplo) e alguns de ficção. Sobre sua trajetória, foi lançado o livro "O Imaginário Singular de Mabsa", de Alberto Beuttenmüller. Maria Amélia morreu no sábado, aos 94, de complicações de saúde. Teve quatro filhos, 11 netos e 20 bisnetos. A missa do sétimo dia será hoje, às 12h30, na igreja São Pedro São Paulo, na capital. coluna.obituario@uol.com.br |
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