Louise Bourgeois –
O Retorno do Desejo Proibido
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 15 de setembro de 2011, às 19h
Exposição: 16 de setembro a 13 de novembro de 2011
Curadoria: Philip Larratt-Smith
Organização: Studio Louise Bourgeois (Nova York)
Realização: Fundação PROA (Buenos Aires), Instituto Tomie Ohtake, MAM Rio
Patrocínio: Bradesco Seguros, Techint [via Lei de Incentivo à Cultura/MinC] e
Secretaria Municipal de Cultura / Prefeitura do Rio
Mantenedores do MAM Rio: Light e Petrobras
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta a partir do dia 15 de setembro de 2011 a exposição “Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido”, a primeira panorâmica no Brasil da grande artista franco-americana, nascida em Paris em 1911 e falecida recentemente em maio do ano passado, aos 98 anos, em Nova York. Com curadoria de Philip Larratt-Smith, e organização do Studio Louise Bourgeois, em Nova York, a mostra trará pela primeira vez ao país em sua escala monumental a obra “Maman” (1999), uma imensa aranha de bronze e aço, com ovos de mármore. Com cerca de dez metros de altura, e dez metros de diâmetro, e pesando perto de onze toneladas, “Maman” ficará ao lado do MAM Rio, no Parque do Flamengo. Para sua realização, a mostra contou com o patrocínio de Bradesco Seguros e Techint [via Lei de Incentivo à Cultura/MinC] e da Secretaria Municipal de Cultura / Prefeitura do Rio.
A montagem de “Maman” exigiu uma equipe com diversos profissionais – até mesmo um topógrafo, para avaliar o melhor trecho entre o MAM e o Monumento dos Pracinhas para sua colocação. O terreno foi previamente preparado, com a colocação de oito sapatas de concreto armado com 40cm de profundidade, enterradas no chão. Durante dois dias, dez homens trabalharam com dois “carvalhões” (guindastes), sob a supervisão de um técnico do Studio Louise Bourgeois, de Nova York, para instalar a obra que veio separada em diversas partes.
EXPOSIÇÃO – 112 OBRAS
Dentro do Museu estará a versão de quatro metros de altura da “Maman”, e mais 112 obras, dentre desenhos, objetos, pinturas, esculturas e instalações, produzidas no período de 1942 a 2009.
A curadoria buscou vincular a obra de Bourgeois a alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise, onde está um arquivo inédito, com mais de mil folhas de papel com correspondências e escritos da artista, de 2004 e 2010, em que ela compartilha traumas e desejos de cura. Composto de notas, registros de sonhos e anotações para esculturas, este repositório de textos, escritos no período em que a artista fez psicanálise, complementa os diários que manteve durante toda a vida. Segundo Larratt-Smith, os trabalhos de Bourgeois são formas que ela encontra para relacionar equivalentes plásticos a estados psicológicos. “Todas as obras foram escolhidas para destacar a persistente presença da psicanálise como força inspiradora e espaço de exploração em sua vida e obra”, diz o curador. Os textos confirmam ainda a centralidade da memória no processo criativo da artista.
Imaginário autobiográfico, fantasmas do pai, ecos da infância, o ser mãe, a histeria, gênero e representação fálica, o fisiológico, a dimensão onírica e o inconsciente estão presentes em seus trabalhos, que ativam um vocabulário ancorado em episódios de sua biografia, mas podem ressoar no corpo e na memória de qualquer espectador. De acordo com Philip Larratt-Smith, os surrealistas encontraram uma via de acesso ao imaginário do sonho enquanto a espontaneidade do gesto dos expressionistas abstratos está ligada ao inconsciente. Para ele, a arte de Bourgeois permite compreender de modo privilegiado a conexão entre o processo criativo e sua função catártica.
O curador destaca ainda que para Louise Bourgeois, o artista, privado de poder na vida cotidiana, tem o dom da sublimação e se torna, portanto, onipotente durante o ato criativo, mas é também uma espécie de atormentado Sísifo, condenado a repetir o trauma infinitamente através da produção artística. Portanto, o processo criativo é uma forma de exorcismo, um modo de moderar as tensões e a agressão, um ato de catarse, além de ser, como a psicanálise, uma fonte de conhecimento. Ou ainda, como dizia a artista, “a arte é garantia de sanidade”.
A mostra esteve no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e na Fundação Proa, em Buenos Aires.
NÚCLEO EXPERIMENTAL DE EDUCAÇÃO E ARTE DO MAM RIO
No dia 17 de setembro, às 14h, o Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM Rio apresentará o programa “Conversas nas Exposições”, voltado para educadores. A conversa será com Mara Pereira e Ana Paula Chaves, do Núcleo Experimental, sobre os possíveis percursos relacionais entre as obras da exposição “Louise Bourgeois: o retorno do desejo proibido”.
QUARTAS DA CURADORIA
No dia 19 de outubro, às 16h, o programa “Quartas da Curadoria”, será realizado na exposição de Louise Bourgeois, com a curadora-assistente do MAM Rio, Marta Mestre. A partir da exposição, em especial da escultura “O Arco da Histeria” e do conjunto de desenhos, serão debatidos alguns aspetos constitutivos da imagem e sua importância para a crítica e para a história da arte: sobredeterminação, sintoma, inquietante estranheza.
No programa “Quartas da Curadoria”, a curadoria do museu e curadores convidados propõem linhas de leitura e diálogos, abrindo a arte contemporânea às suas mais diversas problemáticas, saberes e práticas. Grupos de 20 pessoas. Não é necessária marcação prévia. Distribuição de senhas 30 min antes. Entrada franca.
CATÁLOGO
Por ocasião da exposição, será lançado pelo Louise Bourgeois Studio, Fundação PROA (Buenos Aires), o Instituto Tomie Ohtake e MAM Rio um livro-catálogo, com 480 páginas, em dois volumes, em um dos quais pela primeira vez se publica a série de textos inéditos de Louise Bourgeois, sob a seleção de Phillip Larratt-Smith. Estes escritos, amplamente citados, porém nunca antes reproduzidos, ilustram o pensamento da artista e seu vínculo com o processo psicanalítico. No outro volume está reunido o pensamento de destacados ensaístas e conhecedores da obra de Bourgeois, como o próprio curador, Donald Kuspit, Paul Verhaeghe e Julie de Ganck, entre outros, enriquecendo o viés psicanalítico que a exposição propõe (preço R$99,00).
Serviço: Louise Bourgeois – O Retorno do Desejo Proibido
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [Espaço Monumental]
Abertura: 15 de setembro de 2011
Exposição: 16 de setembro a 13 de novembro de 2011
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h
A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$8,00
Estudantes maiores de 12 anos R$4,00
Maiores de 60 anos R$4,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 Telefone: 21.2240.4944
www.mamrio.org.br
Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.