terça-feira, 27 de novembro de 2012

MAM Rio realiza o último módulo do curso “Questões sobre o moderno e o contemporâneo”, com Marta Mestre, curadora assistente do museu.


Curso: Questões sobre o moderno e o contemporâneo

MAM Rio
De 24 de outubro a 28 de novembro de 2012
Quartas-feiras, das 18h30 às 20h30
Mantenedores do MAM: Petrobras, Light e Organização Techint

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza, de 24 de outubro a 28 de novembro de 2012, o curso “Questões sobre o moderno e o contemporâneo”. Será dada especial atenção a campos da cultura brasileira que, durante décadas, tiveram um estatuto apartado do sistema clássico das artes visuais, mas que foram veículos importantes de renovação das linguagens estéticas e de resistência política. 

Através do convite a pesquisadores, críticos ou curadores vamos abordar o lugar da arte brasileira na história, os olhares estrangeiros sobre a nossa produção cultural, as relações constitutivas ou conflitantes entre a arte e outros campos da cultura, o legado experimental e sua potencia educativa, e diversos outros momentos-chave, formadores das genealogias da contemporaneidade. 

Programação:

Dia 24 de outubro de 2012 – Gramática em jogo. A aula de abertura tratará do momento de aproximação do grupo concreto no Rio de Janeiro, no final da década de 1940, e de como ali já se prenunciavam as características que marcariam, uma década depois, a ruptura neoconcreta. As dimensões subjetiva, lúdica e participativa do processo criativo insinuavam-se pelo contato com a potência expressiva da loucura e pela relação tangencial com a experimentação lúdica e lírica de Calder. 

Luiz Camillo Osorio é crítico de arte, professor de estética no departamento de filosofia da PUC-RJ e, desde 2009, é curador do Museu de Arte Moderna (MAM), Rio de Janeiro. 

Dia 31 de outubro de 2012 - Modernismo e modernidade. A Modernidade foi a época da crítica: atacava-se o passado para construir o futuro, para progredir. O Modernismo estético, seu filho, não poderia portanto deixar de ser, ele mesmo, crítico. Entretanto, sua crítica foi também uma crítica à própria idéia de progresso moderno. O objetivo da palestra é examinar, especialmente através da forma dos manifestos, a ambivalência desse contato ao mesmo tempo entusiasmado e crítico do Modernismo estético brasileiro com o projeto de modernização do país. Pedro Duarte 

Pedro Duarte. Professor Adjunto de Filosofia da UNIRIO. Mestre e doutor em Filosofia pela PUC-Rio, onde é colaborador no curso de especialização em Arte e Filosofia. É autor de "Estio do tempo: Romantismo e estética moderna" (Zahar) e atualmente prepara "A palavra modernista: vanguarda e manifesto", a ser publicado em 2013 na coleção "Modernismo+90" (Casa da Palavra). 

Dia 7 de novembro de 2012 – Subtrações, adições e (outros) lugares de enunciação. Esta aula abordará a singularidade da contribuição artística brasileira para a questão dos limites do modernismo e da emergência da contemporaneidade. Discutiremos não apenas a trajetória histórica da arte brasileira, mas também os problemas historiográficos oriundos de sua recepção internacional tardia. Qual é o papel do historiador da arte hoje? É apenas tirar o atraso? Ou será que estes problemas não são também oportunidades, pontos de vistas únicos para que repensemos o legado moderno? 

Sérgio Bruno Martins é doutor em História da Arte pela University College London (UCL). Editou o número especial Bursting on the Scene: Looking back at Brazilian Art, do periódico inglês Third Text, e foi curador de Dois Reais (Paço Imperial, 2012), do artista Matheus Rocha Pitta. Publicou artigos, ensaios e resenhas nas revistas Third Text, Artforum, Arte & Ensaios, Object, Lado 7 eTatuí, entre outras, e também no jornal O Globo. Atualmente, escreve um livro sobre arte e vanguarda no Brasil entre os anos 1950 e 1970, a ser publicado em 2013 pela MIT Press. 

Dia 14 de novembro de 2012 - Revertendo causalidades entre moderno e contemporâneo 

Luiz Guilherme Vergara é professor do Departamento de Arte da Universidade Federal Fluminense. Coordena o Núcleo Experimental de Educação e Arte – MAM RJ. Co-fundador do Instituto MESA – Mediações Encontros Sociedade e Arte. Fez Mestrado em Artes e Instalações Ambientais – Studio Art and Environmental Program no departamento de arte da New York University e realizou seu doutoramento no Programa de Arte e Educação no Departamento de Arte da Universidade de Nova Iorque (New York University), tendo como objeto de estudo os desafios da arte contemporânea para os museus. In Search of Mission And Identity For Brazilian - Contemporary Art Museums In The 21st Century:Study Case – Museu de Arte Contemporanea de Niterói. 

Dia 21 de novembro de 2012 – O Modernismo nasceu hoje? Após noventas anos, o Modernismo ainda ecoa como marco fundacional e motor de uma modernidade brasileira. Ao mesmo tempo, seu quase um século já o transformou em uma memória histórica. Esse dado memorialista acaba por situar o movimento no campo estático da tradição, como um momento importante de nossa "cultura nacional". A aula apontará alguns momentos chaves dessa história, em que foram repensados, rasurados e ampliados esse duplo dinâmico/estático (transformação/memória) do movimento modernista em sua constante atualização e revisão por parte de diferentes gerações e espaços de interpretação. 

Frederico Coelho é professor de Literatura e Artes Cênicas da PUC-Rio. Publicou os livro Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado - Cultura Marginal no Brasil de 1960 e 1970 (Civilização Brasileira, 2010), Livro ou livro-me - os escritos babilônicos de Hélio Oiticica (EdUERJ, 2010) e A Semana sem fim - celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922 (Casa da Palavra, 2011). Organizou os livros Museu de Arte Moderna - Arquitetura e construção (Cobogó, 2010) e Pintura Brasileira Séc. XXI (com Isabel Diegues, Cobogó, 2011). 
2 3 l 

Dia 28 de novembro de 2012 – Dilemas. Quando se começou a colocar em causa a história da arte como modelo da nossa cultura histórica, as noções de “imagem” e de imaginação mudaram radicalmente. O nosso olhar abriu-se a novas categorias estéticas, consideradas interditas no mundo da arte. Entrou o sonho, o inconsciente, o transe, o informe, o irracional, o prosaico, o disléxico, etc. Este processo gerou-se em mão dupla: por um lado as aproximações/apropriações/incorporações que os artistas fizeram a estes novos universos; por outro, a cultura material destes campos ela-mesma. O conceito de arte e os lugares onde hoje somos capazes de encontrá-la são hoje substancialmente mais amplos? 

Marta Mestre graduada em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa e mestre em Cultura e Comunicação, pela Université d’Avignon. Coordenou o Centro de Artes de Sines, Portugal (2005-2008). Publicou artigos, ensaios e resenhas nas revistas “L+Arte”, “Dardo”, “ArteCapital”, ArteyParte”, “Raw Vision”, “Concinnitas”, e no jornal “O Globo”. É uma das coordena do projeto “Imago/Ymago” que edita Rancière, Didi-Huberman, Belting, Warburg, Stoichita. Faz parte da curadoria do MAM-Rio desde 2010.

Serviço: Curso Questões sobre o moderno e o contemporâneo
De 24 de outubro a 28 de novembro de 2012
Quartas-feiras, das 18h30 às 20h30
Capacidade: 60 lugares
Valor: R$80 (amigos do MAM têm desconto de acordo com a categoria de sócio)
Informações e inscrições: atendimento@mamrio.org.br
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 
Telefone: 21.2240.4944

Mais informações: CW&A Comunicação 
        Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha 
           21 2286.7926 e 3285.8687

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