terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Presépios: no museu como em casa" é a exposição do Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, entre 29/11 e 06/01


O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, faz um tributo às festas de fim de ano com a exposição Presépios: no museu como em casa, na qual o curador Cesar Giobbi convida um grupo de 11 pessoas, entre arquitetos, colecionadores, designers de interiores, empresários e artistas, a exibirem montagens de cenas relacionadas ao Natal, de acordo com suas respectivas visões criativas.

O convite para a curadoria da exposição foi prontamente aceito por Cesar, devido à sua forte ligação com o tema, que nele despertam memórias da infância e de rituais familiares da época de festas, algo com que muitos podem facilmente se identificar. “O presépio faz parte de minhas lembranças mais antigas e afetivas”, conta.

O pré-requisito para a escolha dos participantes foi que tivessem o hábito de montar o presépio ou que tivessem uma história de convivência com ele. A principal intenção da mostra é reproduzir no MAS/SP – uma instituição cultural pública – pequenos ambientes privados de ritual de fé e tradição.

Participam da exposição Toninho Mariutti, Ozley José Viaro, Jorge Silva e Paulo Mortari, colecionadores e aficionados do assunto, os artistas Paulo von Poser e Vic Meirelles, os arquitetos e decoradores Beatriz Pimenta Camargo, Jorge Elias e José Antonio de Castro Bernardes, e o designer José Marton, que aceitou o desafio de criar um presépio no jardim. O arquiteto Felippe Crescenti, além de participante, é o cenógrafo da mostra.

Presépios: no museu como em casa combina presépios de coleções particulares com peças cedidas pelo rico acervo do museu, como uma mesa do século XVII, uma imagem de Nossa Senhora do século XVIII e uma de Nossa Senhora de Rosário do mesmo século, um presépio de origem equatoriana do século XVII e um da Ilha da Madeira do século XVIII, por exemplo. A montagem se apresenta com uma dimensão e um jeito familiar de contar a cena do nascimento de Jesus.



Exposição Presépios: no museu como em casa – Beatriz Pimenta Camargo, Felippe Crescenti, Jorge Elias, Jorge Silva, José Antonio de Castro Bernardes, José Marton, Ozley, Paulo Mortari, Paulo von Poser, Toninho Mariutti e Vic Meirelles 

Curadoria Cesar Giobbi

Crédito de Imagem Victor Tronconi

Período: 28 de novembro de 2012 a 06 de janeiro de 2013

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br
Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo
Tel.: (11) 3326.5393 – agendamento/ educativo para visitas monitoradas

Horário terça a sexta das 10h às 18h, sábado e domingo das 10h às 20h

Ingresso R$ 6,00 (estudantes pagam meia); grátis aos sábados

Número de obras 11

Dimensões variadas


Informações à Imprensa: 
Museu de Arte Sacra de São Paulo
Balady Comunicação - Silvia Balady/ Bruno Palma
Tel.: (11) 3814.3382 – contato@balady.com.br 
Secretaria de Estado da Cultura
Giulianna Correia - 2627-8243 gcorreia@sp.gov.br
Renata Beltrão – 2627-8166 rmbeltrao@sp.gov.br


O curador

Cesar Giobbi é jornalista há 40 anos, a maior parte deles dedicada à cultura, na imprensa escrita, eletrônica e digital. Trabalhou no Jornal da Tarde, Estadão, Gazeta Mercantil, Brasil Econômico, Metro, em revistas nacionais, nas rádios Eldorado e Bandeirantes, além dos canais de televisão Rede Gazeta, TV Cultura e Canal Rural. Edita o site CesarGiobbi.com.br. É membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, diretor do MAM-SP e membro dos conselhos da Bienal SP, do Instituto de Arte Contemporânea e do Auditório Ibirapuera. No terceiro setor, trabalha para o Instituto Pró-Queimados.

Os convidados e suas criações

Beatriz Pimenta Camargo esteve sempre envolvida no mundo das artes e decoração. Além de conviver com a importante coleção de arte brasileira de seus pais, Beatriz e Mario Pimenta, foi proprietária da loja Depósito São Martinho durante 15 anos. Trabalhou ainda no escritório de José Antonio Castro Bernardes, atuando no ramo de festas. Também faz decoração de interiores e cenários de eventos. Para esta mostra, Bia escolheu um presépio equatoriano do final do século XVII e uma mesa de pé de cavalete, brasileira, não datada, ambos do acervo do MAS.

Felippe Crescenti é arquiteto de interiores e exteriores e cenógrafo de teatro e de eventos, de renome nacional e internacional, com currículo recheado de prêmios. É também responsável pela montagem desta exposição. Crescenti escolheu um presépio de terracota policromada e dourada, da Ilha da Madeira, do século XVIII, que pertence ao acervo do MAS. É o autor da base de sustentação do presépio.

Jorge Elias é arquiteto, um dos nomes mais conhecidos do mercado nacional, mais por seus interiores do que por exteriores. É chamado para trabalhos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Acostumado a trabalhar interiores majestosos, de rico acervo, escolheu para esta mostra uma credença do século XVIII, policromada, de estilo europeu, e uma Gruta Napolitana, em madeira, também do século XVIII, ambas do acervo da instituição. 

Jorge Silva é formado em propaganda e direito, com passagem pela escola de arquitetura, mas sua atuação profissional é mesmo na agropecuária. Jorge também é um entusiasta de presépios, com uma coleção espalhada por propriedades no interior de São Paulo. Também vasculha lojas e feiras especializadas em suas viagens. O presépio que ele expõe é um de sua coleção.

José Antonio de Castro Bernardes, arquiteto e decorador, grande cenógrafo de eventos, é um especialista nos estilos brasileiros, antigos, contemporâneos e populares. Mantendo-se fiel ao seu foco, escolheu no acervo do museu um presépio de cerâmica de Mestre Vitalino. É com ele que participa da mostra.

José Marton, artista multimídia, é cenógrafo, designer de mobiliário e luminárias e colecionador de arte contemporânea brasileira. Participou de várias mostras internacionais e tem prêmios como o iF Design Award. É dono da Marton+Marton, que produz móveis e elementos cênicos. Aceitou o desafio de criar uma instalação que faça referência ao presépio, no jardim no museu. Seu projeto, pioneiro, usa a topiária na cena bíblica.

Ozley, educador do ensino superior para o Turismo, Hotelaria e Gastronomia, formado em Comunicação Social, desenvolve pesquisas na área de festas religiosas e cultura popular, com foco em procissões e cortejos do interior do Estado de São Paulo. Ozley apresenta um andor de oito braços, muito raro, pertencente à Paróquia de São José de Mairinque. Sobre o andor, uma Nossa Senhora do Rosário, em madeira, do século XVIII, pertencente ao acervo do MAS, e flores produzidas por artesãs de Mogi das Cruzes. 

Paulo Mortari é jornalista de formação, foi artesão e fabricante de brinquedos, mas trabalha no serviço público, como assessor de gabinete na área cultural, há quase uma década. Aficionado por presépios desde sempre, foi montando o seu, reunindo peças garimpadas em feiras de antiguidades e em viagens pela Europa, em feiras e lojas especializadas em presépios, sobretudo em Sevilha e Nápoles. É este o presépio que ele exibe na exposição.

Paulo von Poser é artista plástico, mestre do desenho, conhecido por suas rosas e seus desenhos inspirados nas paisagens paulistanas. É famosa também sua série sobre os museus paulistanos, que ganhou mostra na Pinacoteca do Estado. Para a mostra, escolheu peças de presépios do acervo do museu: figuras em madeira policromada do fim do século XVIII, provenientes da região de Itú. É também do acervo do MAS a credença de altar do século XVIII selecionada para a base de sua criação, que envolve também desenhos de sua autoria.

Toninho Mariutti tem um dos bufês mais concorridos do Brasil. Seu presépio de Natal é um acontecimento na cidade. Ocupa todo um quarto de sua casa, com milhares de componentes, muitos repetidos, e uma mistura variada de estilos, que vão do tradicional ao popular. Enriquece suas produções com elementos inesperados. Desta vez, trabalha com um presépio do acervo do museu, de autoria da artesã Tieta Resendo, do Rio de Janeiro, confeccionado em gesso e tecido.

Vic Meirelles é florista, talvez o nome mais reluzente de sua profissão no país. Faz cenografia com flores e plantas pelo Brasil inteiro. Escolheu produzir um presépio a seu modo, usando os elementos que mais conhece, como cestos de palha e flores. O presépio que apresenta é todo de sua criação.

O museu

O Museu de Arte Sacra de São Paulo é fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 28 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar a ala esquerda térrea do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz e a antiga Casa do Capelão, atual sede do Museu dos Presépios.
A parte mais antiga do complexo foi construída sob orientação de Frei Antônio de Santana Galvão para abrigar o recolhimento das irmãs concepcionistas, função esta que se mantém até hoje. O acervo do museu começou a ser formado por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que a partir de 1907 começou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República. Na década de 1970, foi possível ampliar significativamente esse acervo.
O Museu de Arte Sacra de São Paulo tem como principais atribuições recolher, classificar, catalogar e expor convenientemente objetos religiosos cujo valor estético ou histórico recomende a sua preservação; expor permanente, pública e didaticamente seu acervo; promover o treinamento, a capacitação profissional e a especialização técnica e científica de recursos humanos necessários ao desenvolvimento de suas atividades; incentivar e apoiar a realização de estudos e pesquisas sobre arte sacra e história da arte; promover cursos regulares, periódicos ou esporádicos de difusão, extensão e de treinamento sobre temas ligados a seu campo de atuação.


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